Segundo fonte oficial de Belém, em declararações à Lusa, o chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas "deverá receber a segunda dose ainda antes da posse a 9 de março".
Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito Presidente da República nas eleições presidenciais de 24 de janeiro passado, com 60,67% dos votos expressos, e iniciará o seu segundo mandato de cinco anos no dia 09 de março - daqui a 25 dias.
O Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, também foi inoculado com a primeira dose do antigénio contra o vírus SARS-CoV-2, no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, disse à agência Lusa fonte oficial do gabinete do presidente do parlamento.
A mesma fonte adiantou à agência Lusa, embora sem especificar, que "também já se iniciou a vacinação contra a COVID-19 de outros deputados".
A vacinação contra a COVID-19 em Portugal começou em 27 de dezembro, abrangendo primeiro profissionais de saúde envolvidos na resposta a esta doença, e estendendo-se depois a profissionais e residentes em lares de idosos e unidades de cuidados continuados.
A primeira fase do plano de vacinação inclui também profissionais das Forças Armadas, forças de segurança e serviços considerados críticos. Entretanto, começaram a ser vacinadas pessoas com 80 ou mais anos de idade e com 50 ou mais anos e patologias associadas.
Em 25 de janeiro, um dia depois das eleições presidenciais, foi divulgado que os titulares de órgãos de soberania iriam começar a ser vacinados em breve, incluídos nos serviços críticos, e que o primeiro-ministro tinha elaborado um despacho solicitando a cada órgão de soberania que estabelecesse as suas prioridades para a vacinação.
Segundo fonte de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu ao primeiro-ministro no dia 02 de fevereiro e, tratando-se de titular único de órgão de soberania, indicou para a vacinação, além de si próprio, os profissionais de saúde que trabalham na Presidência da República: um médico e duas enfermeiras.
Os conselheiros de Estado e representantes da República já constavam da listagem do primeiro-ministro, referiu a mesma fonte.
No dia 28 de janeiro, quando falou ao país após mais uma renovação do estado de emergência, o Presidente da República fez alusão à polémica sobre a quantidade de titulares de cargos políticos ou de funcionários de órgãos de soberania que seriam vacinados já nesta fase.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "ninguém de bom senso quereria fazer passar centenas ou um milhar de titulares de cargos políticos, ou de funcionários, por muito importantes que fossem, de supetão, à frente de milhares de idosos, com doenças as mais graves, e, por isso, de mais óbvia prioridade".
A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.368.493 mortos no mundo, resultantes de mais de 107,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 14.885 pessoas dos 778.369 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Comentários