Portugal regista esta quarta-feira mais 26.867 casos de COVID-19 - um novo máximo desde o início da pandemia - e 12 óbitos associados à doença, segundo da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 18.921 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.330.158 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 5.376 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.175.217 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 44,5% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.962 (+5), seguida do Norte com 5.765 óbitos (+1), Centro (3.355, +3) e Alentejo (1.086, =). Pelo menos 579 (+2) mortos foram registados no Algarve. Há 123 mortes (+1) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 51 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 971 doentes internados, mais 35 do que ontem, e 151 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos um do que no dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 136.020 casos ativos da infeção em Portugal — mais 21.479 do que ontem — e 142.947 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 8.302 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 516.684 (+11.958), seguida da região Norte (487.251 +9.069), da região Centro (189.553 +3.384), do Algarve (57.533, +709) e do Alentejo (46.975 +700). Nos Açores existem 11.711 casos contabilizados (+276) e na Madeira 20.451 (+771).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 923,4 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - mais do que os 804,3 casos de segunda-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,29 - superior aos 1,23 de há dois dias. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,30. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.279 (+6) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.093, + 4), entre 60 e 69 anos (1.742, +2) entre 50 e 59 anos (549, =), 40 e 49 anos (191, =) e entre 30 e 39 anos (48, =). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.935 são do sexo masculino e 8.986 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 219.810 (+5.383) infeções, seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 216.345 (+5.065), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 198.472 (+4.575). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 179.570 (+3.786) reportadas. A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 143.752 (3.164), entre os 60 e os 69 anos soma 121.615 (+1.996) e a dos 0-9 anos tem 92.587 (+1.615) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 80 ou mais anos, que totaliza 82.477 (+440) infeções e dos 70 aos 79 anos, com 75.530 (+843) casos.

Desde o início da pandemia, houve 622.594 homens infetados e 706.484 mulheres, sendo que se desconhece o género de 1.080 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Novos casos no mundo com número recorde entre 22 e 28 de dezembro

A contaminação mundial com o vírus da COVID-19 atingiu novos recordes na semana de 22 a 28 de dezembro, com 6.550.000 casos, mais de 935.000 por dia, indicou hoje uma contagem da agência AFP com base em dados oficiais. A agência de notícias France-Presse (AFP), que tem contabilizado os casos da doença covid-19 no mundo, avançou que os dados da última semana são os mais elevados desde o início da pandemia, no final de 2019.

Com 6.550.000 casos registados entre 22 e 28 de dezembro, ou uma média superior a 935.000 por dia, o vírus circula atualmente a um ritmo sem precedentes, significativamente superior ao recorde anterior estabelecido entre 23 e 29 de abril, quando foram registados 817.000 casos diários.

O número de infeções comunicadas, que tem vindo a aumentar globalmente desde meados de outubro, aumentou 37% nos últimos sete dias em comparação com a semana anterior, segundo a AFP.

A contagem tem por base relatórios diários das autoridades de saúde de cada país, mas a AFP indicou que uma proporção significativa dos casos menos graves ou assintomáticos continua por detetar, apesar do aumento do rastreio em muitos países.

Além disso, as políticas de testagem diferem de país para país, acrescentou a agência francesa.

“O crescimento rápido está provavelmente ligado a uma combinação de perda de imunidade e ao aumento intrínseco da transmissibilidade da variante Ómicron”, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) na terça-feira.

A OMS alertou para o risco “muito elevado” apresentado pela variante Ómicron, particularmente contagiosa em relação a outras variantes, como a Delta.

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