Desde o início da pandemia, Portugal contabilizou 1.702 mortes associadas à COVID-19 e 49.150 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, registaram-se mais cinco óbitos (crescimento de 0,29%), 252 infetados (subida de 0,52%) e 230 recuperados. Ao todo há já 33.999 casos de recuperação em Portugal.

Coronavírus SARS-CoV-2 mantém-se em suspensão no ar com capacidade de infeção, concluem investigadores
Coronavírus SARS-CoV-2 mantém-se em suspensão no ar com capacidade de infeção, concluem investigadores
Ver artigo

Lisboa e Vale do Tejo (LVT) continua a ser a região do país com mais novos episódios de infeção pelo novo coronavírus, com 215 das 252 novas infeções (85,32%).

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 827 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (574 +4 que ontem), Centro (252 +1) e Alentejo (19). Pelo menos 15 mortes foram registadas no Algarve. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 439 doentes internados, o mesmo número do que na terça-feira, e 59 em unidades de cuidados intensivos, menos três do que ontem.

Pelo menos 1.606 pessoas aguardam resultado laboratorial e 35.040 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 425.124 casos suspeitos, sendo que 374.368 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Das mortes registadas no documento de hoje disponibilizado pela DGS, 1.143 tinham mais de 80 anos, 327 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 152 entre os 60 e 69 anos, 55 entre 50 e 59, 20 entre os 40 os 49, três entre os 30 e os 39 anos e dois entre os 20 e os 29 anos.

Após a recuperação é possível voltar a testar positivo para o SARS-CoV-2? As explicações de um médico
Após a recuperação é possível voltar a testar positivo para o SARS-CoV-2? As explicações de um médico
Ver artigo

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 24.685 (+215 que ontem), seguida da região Norte (18.390 +18), da região Centro (4.370 +12), do Algarve (796 +4) e do Alentejo (639 +3). Nos Açores, existem 159 casos confirmados e na Madeira 102, os mesmos que ontem.

Relativamente aos concelhos, não houve atualizações, uma vez que a DGS decidiu passar a atualizar esses dados apenas à segunda-feira. Lisboa continua assim a registar o maior número de infeções pelo coronavírus, com 4.240 casos, seguido de Sintra (3.476), Loures (2.197), Amadora (2.090), Vila Nova de Gaia (1.786), Porto (1.437), Odivelas (1.425), Matosinhos (1.313), Cascais (1.302), Braga (1.265), Gondomar (1.102), Oeiras (1.030), Vila Franca de Xira (973), Maia (957), Seixal (797), Valongo (782), Guimarães (739), Almada (774), Ovar (702) e Coimbra (626).

Distribuição por idades

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 40 aos 49 anos (8.125), seguida da faixa dos 30 e 39 anos (8.012) e das pessoas entre 50 aos 59 anos (7.489).

O país registou até ao momento 7.471 doentes com idades entre os 20 e os 29 anos, 5.710 em pessoas mais de 80 anos, 4.951 entre os 60 e 69 anos e 3.445 entre os 70 e 79 anos.

A DGS dá conta ainda de 2.200 casos de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e de 1.682 de crianças até aos nove anos.

De acordo com o documento, 35% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 28% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 14% fraqueza generalizada e 10% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 90% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS
Como fazer uma máscara em casa?
Como fazer uma máscara em casa?
Ver artigo

Os casos importados

Há várias semanas que não há alteração nos dados dos casos importados em Portugal. Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados de Angola, Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Mais de 616 mil mortos no mundo

A pandemia de COVID-19 já provocou pelo menos 616.965 mortos em todo o mundo, entre os 14.977.470 casos de infeção diagnosticados, segundo um balanço da agência France Presse (AFP) baseado em dados oficiais. Pelo menos 8.338.900 pessoas conseguiram curar-se da doença, em 196 países e territórios desde o início da pandemia, de acordo com dados da AFP, às 10:00.

Na terça-feira, foram registados 6.089 novos óbitos e 237.419 novos casos em todo o mundo. Os países com o maior número de novos mortos registados na terça-feira foram o Brasil (1.367), os Estados Unidos (947) e o México (915).

Os Estados Unidos são o país mais afetado tanto em número de mortos como em casos, com 142.068 mortos em 3.902.135 casos registados, segundo a contagem da Universidade John Hopkins, que indica que neste país pelo menos 1.182.018 pessoas já foram consideradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil, com 81.487 mortos em 2.159.654 casos, o Reino Unido, com 45.422 mortos (295.817 casos), o México, com 40.400 mortos (356.255), e a Itália, com 35.073 mortos em 244.752 casos.

Entre os países mais afetados, a Bélgica é o que concentra um maior número de mortos em relação à sua população, com 85 mortos por cada 100 mil habitantes, seguida pelo Reino Unido (67), Espanha (61), Itália (58) e Suécia (56).

A China, sem contabilizar os territórios de Macau e Hong Kong, declarou oficialmente 83.707 casos (14 novos entre terça-feira e hoje), dos quais 4.634 mortos (0 novos) e 78.840 curados.

A Europa totalizava hoje, ao meio-dia, 206.251 mortos em 2.988.151 casos, a América Latina e Caraíbas 167.347 mortes em 3.955.571 casos, os Estados Unidos e o Canadá 150.960 mortes (4.013.645 casos), a Ásia 52.729 mortes (2.166.106 casos), o Médio Oriente 23.784 mortes (1.038.665 casos), a África 15.737 mortes  (751.307 casos) e a Oceânia 157 mortes em 14.523 casos.

Segundo a AFP, o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de contaminações, dado que alguns países testam apenas os casos mais graves, outros utilizam testes prioritários para a triagem e vários países mais pobres dispõem de capacidades limitadas de despistagem.

O balanço da AFP foi realizado a partir de dados recolhidos pelos escritórios da agência junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Gostava de receber mais informações sobre este tema? Subscreva a nossa newsletter e as nossas notificações para que nada lhe passe ao lado.

Vídeo - Como funcionam os testes para detetar o coronavírus?

Um bocadinho de gossip por dia, nem sabe o bem que lhe fazia.

Subscreva a newsletter do SAPO Lifestyle.

Os temas mais inspiradores e atuais!

Ative as notificações do SAPO Lifestyle.

Não perca as últimas tendências!

Siga o SAPO nas redes sociais. Use a #SAPOlifestyle nas suas publicações.