Desde o início da pandemia, Portugal contabilizou 1.646 mortes associadas à COVID-19 e 45.679 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, registaram-se mais dois óbitos (aumento de 0,1%), 402 infetados (crescimento de 0,9%) e 301 recuperados. Ao todo há já 30.350 casos de recuperação em Portugal.

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Lisboa e Vale do Tejo (LVT) continua a ser a região do país com mais novos episódios de infeção pelo novo coronavírus, com 342 das 402 novas infeções (85,1%).

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 821 óbitos (o mesmo que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (527 =), Centro (250 +2) e Alentejo (18 =). Pelo menos 15 mortes foram registadas no Algarve. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 471 doentes internados, menos 16 do que na quinta-feira, e 66 em unidades de cuidados intensivos, menos sete do que ontem.

Pelo menos 1.626 pessoas aguardam resultado laboratorial e 34.082 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 401.296 casos suspeitos, sendo que 353.991 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
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Das mortes registadas no documento de hoje disponibilizado pela DGS, 1.104 tinham mais de 80 anos, 315 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 148 entre os 60 e 69 anos, 55 entre 50 e 59, 20 entre os 40 os 49, dois entre os 30 e os 39 anos e dois entre os 20 e os 29 anos.

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A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 21.926 (+342 que ontem), seguida da região Norte (18.001 +44), da região Centro (4.254 +9), do Algarve (688 +5) e do Alentejo (562 =). Nos Açores, existem 153 casos confirmados (+ 2 que ontem) e na Madeira 95 (=).

Relativamente aos concelhos com mais casos, devido a problemas na notificação, a DGS voltou a não atualizar os números esta sexta-feira. Assim sendo, o concelho de Lisboa continua a registar o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 3.645, seguido de Sintra (2.850), Loures (1.910), Amadora (1.780), Vila Nova de Gaia (1.678), Porto (1.414), Matosinhos (1.292), Braga (1.256), Odivelas (1.183), Gondomar (1.093), Cascais (1.061), Maia (950), Oeiras (852), Vila Franca de Xira (808), Valongo (764), Guimarães (725), Ovar (690), Seixal (643), Almada (624) e Coimbra (614).

O boletim refere ainda que há 200 casos por distribuir geograficamente no total da região de Lisboa e Vale do Tejo, referentes a testes realizados por um laboratório privado que em três dias da semana passada não os registou no sistema para o efeito.

Também no documento de hoje não é apresentado o quadro das idades relativo aos infetados, uma situação que a DGS atribui a erro informático.

De acordo com o documento, 36% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 28% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 14% fraqueza generalizada e 10% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 90% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
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Os casos importados

Há várias semanas que não há alteração nos dados dos casos importados em Portugal. Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

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O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados de Angola, Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

555 mil mortos e mais de 12,2 milhões de infetados

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 555.036 pessoas e infetou mais de 12,2 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa até às 11:00 de Lisboa, já morreram pelo menos 544.311 pessoas e há mais de 12.289.840 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.

Pelo menos 6.565.600 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

A AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 133.291 e 3.118.168 casos, respetivamente. Pelo menos 969.111 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 69.184 mortes para 1.755.779 casos, Reino Unido com 44.602 mortes (287.621 casos), Itália com 34.926 mortes (242.363 casos) e México com 33.526 mortos (282.283 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 83.585 casos (quatro novos entre quinta-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes e 78.609 recuperações.

A Europa totalizou 201.523 mortes para 2.795.751 casos, Estados Unidos e Canadá 142.074 mortes (3.224.911 casos), América Latina e Caraíbas 138.136 mortes (3.181.209 casos), Ásia 41.368 mortes (1.654.407 casos), Médio Oriente 19.403 mortes (881.789 casos), África 12.397 mortes (540.845 casos) e Oceânia 135 mortes (10.929 casos).

A AFP avisa que devido a correções pelas autoridades ou a publicação tardia dos dados, os valores de aumento de 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.

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