Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.074 mortes associadas à COVID-19 e 25.702 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Relativamente aos dados de segunda-feira, há um aumento de 11 mortos (uma subida de 1%) e de 178 infetados (aumento de 0,7%).
No total há já 1.743 casos de recuperação, mais 31 que ontem.
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de segunda-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 613 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (223), Centro (211) e Algarve (13). Pelo menos uma morte foi registada no Alentejo. Há 13 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.
Em todo o território nacional, há 818 doentes internados, mais cinco do que na segunda-feira, e 134 em unidades de cuidados intensivos, menos nove que ontem.
Pelo menos 2.671 pessoas aguardam resultado laboratorial e 25.066 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 258.488 casos suspeitos, sendo que 230.115 não se confirmaram.
Primeira morte no grupo etário 20-29 anos em Portugal
Das mortes registadas no boletim de hoje, 721 tinham mais de 80 anos, 216 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 93 entre os 60 e 69 anos, 33 entre 50 e 59 e dez entre os 40 e os 49. O documento dá ainda conta do primeiro óbito de um homem entre os 20 e os 29 anos.
A região Norte continua a registar o maior número de infeções, com 15.199 casos, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (6.241), da região Centro (3.489), do Algarve (335) e do Alentejo (220). Nos Açores, existem 132 casos confirmados e na Madeira 86.
Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 1.579 casos, seguido de Vila Nova de Gaia (1.425), Porto (1.266), Matosinhos (1.149), Braga (1.113), Gondomar (1.009), Maia (871), Valongo (729), Sintra (627), Ovar (574) e Coimbra (508).
A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.343), seguida da faixa é a dos 40 aos 49 anos (4.276), e das pessoas com mais de 80 anos, em que há 4.045 casos.
Há ainda 3.615 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 2.994 entre os 20 e os 29 anos, 2.955 entre os 60 e 69 anos e 2.264 com idades entre 70 e 79 anos.
A DGS regista 436 casos de crianças até aos nove anos e 774 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.
De acordo com o boletim divulgado hoje, 43% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 31% febre, 22% dores musculares, 20% cefaleia, 16% fraqueza generalizada e 13% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 88% dos casos confirmados.
Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 171 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 10 da Alemanha e também 10 na Bélgica. O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito e quatro da Índia.
Há ainda três casos importados da Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.
Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Azerbaijão, China, Dinamarca, Indonésia, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.
Portugal entrou às 00:00 de domingo em situação de calamidade, depois de ter estado em três períodos consecutivos em estado de emergência que vigoraram desde 18 de março.
Com a situação de calamidade, vai vigorar um “dever cívico de recolhimento domiciliário” para a população em geral, independentemente da idade ou de uma pessoa apresentar fatores de risco, em vez do “dever geral de recolhimento” e do “dever especial de proteção” para determinados grupos, como acontecia no estado de emergência.
Veja o mapa de risco de ser infetado em Portugal
Um mapa desenvolvido pelo CERENA do Instituto Superior Técnico
A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Mais de 250 mil mortos em todo mundo
A pandemia de COVID-19 já matou 251.512 pessoas e infetou mais de 3,5 milhões em todo o mundo desde que surgiu em dezembro na cidade chinesa de Wuhan, segundo um balanço da AFP às 11:00.
De acordo com os dados da agência de notícias francesa, a partir de dados oficiais, foram registados 251.512 mortos e mais de 3.595.970 infetados em 195 países.
Pelo menos 1.104.600 pessoas foram consideradas curados pelas autoridades de saúde.
Os Estados Unidos, que registaram o primeiro morto ligado ao novo coronavírus no final de fevereiro, lideram em número de óbitos e casos, com 68.934 e 1.180.634, respetivamente.
Pelo menos 187.180 pessoas foram declaradas curadas pelas autoridades de saúde nos Estados Unidos.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são Itália, com 29.079 mortos em 211.938 casos, Reino Unido com 28.734 mortos (190.584 casos), Espanha com 25.613 mortos (219.329 casos) e França com 25.201 óbitos (169.462 casos).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou 82.881 casos (um novo entre segunda-feira e hoje), incluindo 4.633 mortos (nenhum novo) e 77.853 curados.
Até às 11:00 de hoje, a Europa totalizou 145.612 mortos para 1.583.788 casos, Estados Unidos e Canadá 72.897 mortos (1.241.406 casos), América Latina e Caraíbas 14.415 mortos (272.061 casos), Ásia 9.506 morteos (252.541 casos), Médio Oriente 7.115 mortos (191.152 casos), África 1.843 mortes (46.857 casos) e Oceânia 124 mortos (8.174 casos).
A AFP alerta que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções, já que um grande número de países está agora a testar apenas os casos que requerem atendimento hospitalar.
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