"Há uns quantos casos de pessoas contagiadas na zona de Évora, especialmente provocados pelo surto de alguma dimensão existente em Reguengos de Monsaraz", disse à agência Lusa o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Évora (SCME), Francisco Lopes Figueira.
Nesse sentido, vincou o responsável, a instituição decidiu, por precaução, "aumentar o distanciamento entre os utentes e outras pessoas", tendo suspendido as visitas de familiares.
A medida entrou hoje em vigor e prolonga-se, pelo menos, por um período de 15 dias, abrangendo as duas estruturas residenciais para idosos da instituição, ambas localizadas em Évora, o Recolhimento Ramalho Barahona e o Lar de Nossa Senhora da Visitação.
O concelho vizinho de Reguengos de Monsaraz regista o maior surto de COVID-19 no Alentejo, com 16 óbitos e 131 casos ativos, na sequência de um foco detetado, em 18 de junho, no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva.
Reconhecendo que já "são muitos meses" de limitações nas visitas e que "é um sacrifício que começa a ser difícil de manter", Francisco Lopes Figueira sublinhou que "os utentes, com isolamento muito intenso, começam a ter outros problemas e dificuldades".
"Reativámos algumas atividades internas e coletivas, mas voltámos a reforçar as barreiras aos contactos com o exterior", assinalou o provedor da SCME, lembrando que este "passo atrás" é dado após pouco mais de um mês de terem sido retomadas as visitas nos lares.
Portugal contabiliza pelo menos 1.644 mortos associados à COVID-19 em 45.277 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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