"Informo que o resultado do meu segundo exame, realizado no HFA [hospital das Forças Armadas], acusou positivo. Aguardo a contraprova da FioCruz [Fundação Oswaldo Cruz]", escreveu o general Augusto Heleno na plataforma Twitter.
"Estou sem febre e não apresento qualquer dos sintomas relacionados ao COVID-19. Estou isolado, em casa, e não atenderei telefonemas", acrescentou.
Augusto Heleno tem 72 anos e está no grupo de pessoas considerado de maior risco para o coronavírus.
O ministro brasileiro integrou uma comitiva que viajou para os Estados Unidos no início de março e teve pelo menos 15 membros contaminados pelo novo coronavírus.
Desde que o primeiro caso dentro do Governo brasileiro foi confirmado - o do secretário especial de comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten -, o Presidente do país, Jair Bolsonaro, vários ministros, assessores e políticos submeteram-se a testes para verificar se eram portadores da COVID-19.
No caso de Bolsonaro, que também fez o teste duas vezes, ambos os resultados indicaram que ele não contraiu a doença.
"Informo que o meu segundo teste para COVID-19 deu negativo. Boa noite a todos", escreveu Bolsonaro na sua conta da plataforma Twitter na noite de terça-feira.
De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde do Brasil é recomendável que sejam realizados três testes num período de 14 dias para pessoas que estiveram em contacto com infetados.
No domingo, numa ação que contrariou as recomendações do executivo brasileiro, Bolsonaro juntou-se a centenas de apoiantes que participavam numa manifestação pró-Governo e contra o Congresso, cumprimentando-os e tirando 'selfies' no meio da multidão.
Segundo o jornal Estadão, apesar de ter recebido recomendações para permanecer em isolamento, Bolsonaro teve contacto direto com pelo menos 272 pessoas, em cerca de 58 minutos de interação com apoiantes, concentrado em frente do Palácio do Planalto.
O Brasil tem 291 casos confirmados do novo coronavírus e está a monitorizar 8.819 casos suspeitos, após ter sido anunciada na terça-feira a primeira morte causada pela COVID-19 no país.
O coronavírus responsável pela pandemia da COVID-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.
A China registou nas últimas 24 horas 11 mortos e 13 novos casos infeção pela COVID-19, mas só um é de Wuhan, todos os outros 12 são importados.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
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