“Fechámos ontem à noite. A última oração foi às 20:00 e às 20:30 fechámos. Não abre mais”, referiu o sheik Munir, em declarações à agência Lusa.
Na terça-feira, o líder religioso considerava encerrar a Mesquita Central de Lisboa caso fosse decretado o estado de emergência devido à pandemia de Covid-19.
“Se o Governo decretar alerta de emergência então fechamos mesmo. Caso decrete o alerta de emergência, vamos fechar mesmo a mesquita. Não haverá nenhuma oração”, afirmou na ocasião.
Estando a comunicar às pessoas o encerramento da Mesquita Central de Lisboa, o imã adiantou que há uma pessoa que faz a ronda para ver se está tudo bem com o espaço.
“Temos uma pessoa, a que faz o chamamento, e pedimos-lhe para ver se está tudo bem ou não por fora e depois regressa a casa”, anotou.
Sobre a possibilidade de fazer orações via ‘online’, David Munir disse que isso não faz muito sentido e que as pessoas só vão à mesquita para orar em congregação.
“Nós podemos fazer orações em casa. As pessoas vêm à mesquita para fazer a oração em congregação, em conjunto, mas duas pessoas é o suficiente para fazer a oração em congregação, marido e mulher, por exemplo. Praticamente todos nós temos alguém em casa”, afirmou.
O imã realçou ainda que metade da religião islâmica se baseia em higiene, lembrando que todos os cuidados são poucos em relação à pandemia de Covid-19.
“Na prática muçulmana é normal nós lavarmos as mãos antes de cada oração para fazermos a ablução [rito de purificação e higienização]. Lavamos as mãos, os braços, a face e os pés e antes de cada refeição também”, disse, acrescentando que ao “acordar é recomendado” também lavar as mãos.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 84.000 recuperaram da doença.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou na quarta-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.
Dos casos confirmados, 553 estavam a recuperar em casa e 89 estavam internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou ontem o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois. Dos casos confirmados, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O boletim divulgado pela DGS assinala 5.067 casos suspeitos até hoje, dos quais 351 aguardavam resultado laboratorial. Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.
De acordo com o boletim, há 6.852 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde. Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais cinco do que na terça-feira.
A Assembleia da República aprovou ontem o decreto de declaração do estado de emergência que lhe foi submetido pelo Presidente da República com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.
Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
O Governo também anunciou o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham de se deslocar por razões profissionais.
O Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
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