Portugal regista esta sexta-feira mais 38.734 casos de COVID-19 e 17 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 19.071 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.577.784 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 31 917 casos de recuperação - um novo máximo - nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1 304 473 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 40,3% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.022 (+9), seguida do Norte com 5.803 óbitos (+4), Centro (3.379, +1) e Alentejo (1.092, +1). Pelo menos 592 (+1) mortos foram registados no Algarve. Há 129 mortes (+1) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 54 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 1.353 doentes internados, mais 42 do que ontem, e 16 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais três face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 254.240 casos ativos da infeção em Portugal — mais 6.800 do que ontem — e 214.032 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 13.028 do que no dia anterior.

Imagem d boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 625.306 (+15.606), seguida da região Norte (573.001 +14.689), da região Centro (217.732 +4.558), do Algarve (64.088, +940) e do Alentejo (54.124 +1.126). Nos Açores existem 14.296 casos contabilizados (+289) e na Madeira 29.237 (+1.526).

Ferreira do Zêzere, Câmara de Lobos, Porto Santo, Lisboa e Sintra são os concelhos do país com maior incidência de casos nos últimos 14 dias.

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 2.438,8 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - mais do que os 2.104,7 casos de quarta-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,32, inferior aos 1,41 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,32. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.351 (+6) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.144, +8), entre 60 e 69 anos (1.756, +2) entre 50 e 59 anos (557, =), 40 e 49 anos (192, =) e entre 30 e 39 anos (49, =). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, três (+1) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.027 são do sexo masculino e 9.044 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 267.404 (+7.279) infeções, seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 262.465 (+7.074), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 240.843 (+6.686). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 216.314 (+5.622) reportadas. A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 171.614 (+4.516), entre os 60 e os 69 anos soma 140.645 (+2.925) e a dos 0-9 anos tem 107.021 (+2.452) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 80 ou mais anos, que totaliza 87.309 (+752) infeções e dos 70 aos 79 anos, com 84.169 (+1.428) casos.

Desde o início da pandemia, houve 739.285 homens infetados e 836.867 mulheres, sendo que se desconhece o género de 1632 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Mundo supera 300 milhões de casos de COVID-19

O número de infeções com COVID-19 registadas em todo o mundo atingiu hoje 300 milhões, mas os cientistas acreditam que pode ser muito maior, devido à quantidade de casos que não são notificados. De acordo com uma contagem independente feita pela Universidade de Johns Hopkins, com dados coligidos a partir de diferentes fontes oficiais, o número de infeções com COVID-19 conhecidas atingiu hoje 300.338.680. Os dados atualizados pela Johns Hopkins revelam ainda 5.472.939 mortes com COVID-19 em todo o mundo, com os Estados Unidos a liderar (833.988), seguidos pelo Brasil (619.654), Índia (483.178), Rússia (307.488) e México (299.970).

Em relação aos casos de contaminação, os Estados Unidos é o país com maior incidência, com 57,7 milhões, seguido pela Índia com 31,1 milhões, Brasil com 22,3, Reino Unido com 13,9, França com 11 e Rússia com 10,4 milhões.

Os primeiros 100 milhões de infeções em todo o mundo foram atingidos no final de janeiro de 2021, pouco mais de um ano após a doença se tornar conhecida, mas esse número duplicou em sete meses, chegando a 200 milhões no início de agosto passado. Os cinco meses desde então para chegar a 300 milhões de casos dão uma ideia da progressão da doença, apesar das campanhas de vacinação lançadas durante o ano passado na maior parte do mundo, cujo sucesso e alcance têm sido muito desiguais.

No entanto, o número de novos casos acelerou em muitos países no último mês, devido ao aparecimento da variante Ómicron, que é muito mais contagiosa, embora menos letal, do que as mutações anteriores de covid-19.

Quanto à maior incidência de mortes em relação ao número de casos, os dados dos cientistas citam o Iémen (19,6%), Peru (8,8%), México (7,4%), Sudão (7,1%) e Equador (6,1%) como os países mais atingidos.

Dados da Universidade de Johns Hopkins estimam as doses de vacinas já administradas em todo o mundo em 9.345 milhões, com os Emirados Árabes no topo da lista com 93,43% da sua população totalmente vacinada, seguidos por países como Portugal, Chile, China, Cuba, Singapura, Camboja, Espanha e Malásia com 80% ou mais das pessoas vacinadas.

A maior parte do grupo de menor vacinação, abaixo de 10% da população, além de integrar países como Afeganistão ou Síria, é formada principalmente por nações africanas pobres, como Guiné, Costa do Marfim, Quénia, Gabão, Gana, República Central Africana, Zâmbia, Senegal, Somália, Serra Leoa, Níger, Burkina Faso, Uganda, Sudão, Camarões ou Tanzânia.

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