Portugal regista esta sexta-feira mais 24.271 casos de COVID-19 e 41 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje

Desde março de 2020, morreram 20.442 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 3.049.692 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 40.691 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 2.428.926 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 32,3% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.550 (+14), seguida do Norte com 6.221 óbitos (+13), Centro (3.620, +11) e Alentejo (1.142, =). Pelo menos 658 (=) mortos foram registados no Algarve. Há 176 mortes (+2) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 75 (+1) óbitos associados à doença.

Internamentos descem

Em todo o território nacional, há 2.332 doentes internados, menos 34 face ao valor de ontem, e 159 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos nove face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 600.324 casos ativos da infeção em Portugal — menos 16.461 do que ontem — e 628.109 pessoas em vigilância pelas autoridades — menos 10.679 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 1.173.638 (+7.835), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (1.085.323 +7.103), da região Centro (448.685 +4.865), do Algarve (120.557 +1.694) e do Alentejo (105.025 +1.274).

Nos Açores existem 46.259 casos contabilizados (+1.021) e na Madeira 70.205 (+479).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 6.099,6, casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - menos do que os 6.562,1 casos de quarta-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 0,88, inferior aos 0,92 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 0,88. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 13.242 (+26) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.427, +10), entre 60 e 69 anos (1.876, +3) entre 50 e 59 anos (606, +2), 40 e 49 anos (213, =) e entre 30 e 39 anos (54, =). Há ainda 18 mortes registadas (=) entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.755 são do sexo masculino e 9.687 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 532.784 infeções (+3.888), seguida da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 485.596 (+3.890), e da faixa etária dos 20 aos 29 anos com, 470.936 (+3.522). Logo depois, surge a faixa etária entre os 10 e os 19 anos, com 403.662 reportadas (+4.238). A faixa etária entre os 50 e os 59 anos tem 367.037 (+2.279), entre os 0-9 anos soma 315.511 (+2.686) e a dos 60 e os 69 anos tem 223.383 (+1.594) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 131.469 (+1.150) e dos 80 ou mais anos, com 119.314 casos (+1.024).

Desde o início da pandemia, houve 1.423.859 homens infetados e 1.623.107 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.726 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Pessoas previamente infetadas mais protegidas do que as vacinadas

As pessoas previamente infetadas com o coronavírus SARS-CoV-2 podem estar mais protegidas contra uma reinfeção a longo prazo do que quem foi apenas vacinado, sugere um estudo que será apresentado em abril em Lisboa.

“Embora ao longo do tempo o número de anticorpos caia tanto em doentes previamente infetados como em doentes vacinados, o desempenho dos anticorpos melhora apenas após infeção prévia (e não vacinação). Essa diferença poderá explicar por que pacientes previamente infetados parecem estar mais protegidos contra uma nova infeção do que aqueles que foram apenas vacinados”, avança a investigação liderada por Carmit Cohen do Sheba Medical Center, Israel.

Este estudo, que será apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas que decorre em Lisboa de 23 a 26 de abril, também refere que, ao contrário das expectativas, os doentes com obesidade e previamente infetados apresentaram uma “resposta imune mais alta e mais sustentada” do que os que tinham excesso de peso ou o peso normal.

“Embora a proteção contra a reinfeção dure muito tempo em pacientes recuperados de SARS-CoV-2, as infeções são cada vez mais comuns seis meses após a vacinação”, adiantou a Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas em comunicado hoje divulgado.

Os investigadores analisaram a resposta imune humoral (induzida por anticorpos) em pessoas recuperadas, mas não vacinadas contra a COVID-19, e compararam com aqueles que receberam duas doses da vacina Pfizer mas sem infeção anterior.

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