"Não aguento mais os convidados. Sou menos amigável", admitiu à agência de notícias France-Presse (AFP), recentemente, durante uma pesquisa sobre os "supercentenários", idosos com mais de 110 anos que intrigam a ciência.
"Admiraram-me pela minha sabedoria e pela minha inteligência, e agora brincam comigo porque sou resistente", brincou a freira, nascida Lucile Randon, em 11 de fevereiro de 1904, em Alès, no sul do país.
Embora nenhum órgão oficial lhe conceda o "título" de "decana", a freira é uma das mulheres mais velhas da França, e mesmo na Europa, e apenas 13 meses mais nova do que mulher mais idosa do mundo, a japonesa Kane Tanaka, de 119 anos.
No dia do seu aniversário, a irmã recebe a visita de políticos locais e do arcebispo da região para uma celebração com bolo de chocolate, contou o seu assessor de imprensa, David Tavella.
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Hoje cega e de cadeira de rodas, a viver num lar para idosos, a irmã André lembra-se do período que considera o mais feliz da sua vida: quando foi para Paris para ser ama.
"Tinha 40 anos. Foi há 80 anos. Paris era tão bonita. Até então, só tinha morado em Gard, numa cidade pequena e feia e, agora, estava numa cidade radiante", recordou.
Nascida numa família protestante não praticante, a freira assumiu o hábito tardiamente, na congregação das Filhas da Caridade, e trabalhou até ao final da década de 1970.
Neste aniversário, a supercentenária disse que deseja "morrer rapidamente".
"Passar o dia todo sozinha com a minha dor não é divertido", mas "Deus não me ouve, deve estar surdo", disse com humor à AFP.
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