Num alerta publicado na sua página da internet, a ARAE refere que existem "muitos pedidos de informação acerca de rastreios e visitas domiciliárias", salientando que "este não é o momento para abrir as portas das habitações a estranhos".

Por isso, apela "à população da Região Autónoma da Madeira que permaneça nas suas habitações", complementando que esta não deve atender a "quaisquer solicitações que não advenham diretamente das autoridades oficiais de saúde e segurança" do arquipélago. 

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Esta autoridade sublinha que os estranhos podem tornar-se em potenciais "focos de contaminação", constituindo elementos de perigo, sublinhando que as pessoas devem permanecer em casa, não saindo para realizar "qualquer tipo de rastreio que não seja ordenado e acompanhado pelas entidades oficiais".

A ARAE solicita "cuidados redobrados" aos núcleos familiares que incluem idosos, sobretudo os que habitam sozinhos, e que estes sejam vigiados "permanentemente".

Esta entidade afirma que está a trabalhar para "garantir a segurança" dos residentes na Madeira e a "colaborar nos procedimentos possíveis de contenção do Covid-19".

A ARAE apela "à colaboração de todos, dos operadores económicos em atividade à população em geral, para o integral cumprimento das medidas em vigor, de forma a auxiliar na contenção desta pandemia na região".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, foi detetado em dezembro de 2019 e, entretanto, infetou já mais de 220.000 pessoas em todo o mundo. Dessas, mais de 9.000 morreram e mais de 85.500 recuperaram.

O surto começou na China, que contabiliza 80.894 infetados, 69.614 recuperações e 3.237 mortos, mas anunciou hoje não ter registado novos diagnósticos positivos locais nas últimas 24 horas, o que acontece pela primeira vez desde o início da pandemia. No entanto, assinalou 34 novos casos importados.

A doença já se alargou a 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar a situação como de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.

Dos casos confirmados, 696 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

Portugal encontra-se desde as 00:00 de hoje em estado de emergência e assim se manterá até às 23:59 do dia 02 de abril, pelo que o decreto publicado na quarta-feira em Diário da República prevê a possibilidade de confinamento obrigatório e compulsivo dos cidadãos em casa, assim como restrições à circulação na via pública.

O Governo também declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar, assim sujeito a cerca sanitária e controlo policial de entradas e saídas no território.

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