Questionada na conferência de imprensa diária da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre como é que justifica que se mantenha há 26 dias o cordão sanitário no concelho de Ovar, Marta Temido disse que há uma avaliação epidemiológica que é feita pelas autoridades locais e regionais.
Essa avaliação, explicou, é transportada através da Direção-Geral da Saúde para o Ministério da Saúde, que articula com o ministro da Administração Interna e com as demais entidades.
“[Isto leva] a que ainda estejamos perante esta situação que, obviamente, todos queremos que tenha uma limitação temporal o mais curta possível, mas que não vamos optar por alterar sem ter a certeza de que estamos a ir no sentido certo”, afirmou a ministra da Saúde.
Em Ovar, às 12:00 de hoje, a Câmara Municipal registava entre os seus cerca de 55.400 habitantes 20 óbitos associados à covid-19, assim como 568 doentes infetados e 52 recuperados. A Direção-Geral da Saúde, contudo, atribuía hoje, no seu boletim diário, a esse concelho de 148 quilómetros quadrados 416 casos de infeção pela nova doença.
Em 17 de março, o Governo declarou o estado de calamidade pública no concelho de Ovar e, a 19 de março, o estado de emergência em todo o país.
Ambos vigoram até às 23:59 do dia 17 de abril, sendo que a população está proibida de circular fora do seu concelho de residência até às 23:59 de hoje.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 535 mortos, mais 31 do que no domingo (+6,2%), e 16.934 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 349 (+2,1%).
Dos infetados, 1.187 estão internados, 188 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 277 doentes que já recuperaram.
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