O certificado, que especifica que o seu portador recebeu pelo menos uma dose da vacina, ou tem um teste negativo, está disponível em versões papel e digital e já foi descarregado por dois em cada três italianos.
O Governo de Mario Draghi quer encorajar as pessoas a serem vacinadas para evitar encerramentos e novas restrições a todo o custo já este verão.
A partir de hoje, o “certificado verde” será obrigatório para consumo em bares e restaurantes, mas também para acesso a espaços fechados como ginásios, cinemas, teatros, museus, estádios e grandes eventos, tais como concertos.
A medida desencadeou manifestações em todo o país, uma vez que é vista como uma obrigação tácita de ser vacinado, já que aqueles que não têm o documento são praticamente excluídos do lazer e da cultura em Itália.
Mas também por causa da sua imprecisão. Os gestores dos 270.000 restaurantes e bares do país, por exemplo, queixam-se de que terão de “policiar” os seus clientes e denunciar uma série de contradições na implementação da medida.
Apesar das críticas, o governo está convencido que esta medida é apropriada e estendeu-a à educação e aos meios de transporte com um decreto que entrará em vigor em setembro.
O certificado de saúde será obrigatório para todos os professores, da escola à universidade, e também para os estudantes universitários, e antes de regressar à sala de aula será feito um teste COVID para toda a comunidade educativa.
O decreto estipula a suspensão do emprego e do salário dos professores que não apresentem o certificado, enquanto a sanção para os professores universitários dependerá de cada reitor porque têm o seu próprio estatuto independente.
O Ministro da Educação, Patrizio Bianchi, salientou que, de momento, o número de professores sem este documento é marginal.
No transporte, o certificado será obrigatório para embarcar num avião e utilizar barcos que liguem a península, exceto os que ligam o estreito que separa a Calábria, a ponta da “bota italiana”, com Messina, na ilha da Sicília (sul).
Na quinta-feira Itália registou 27 mortes e 7.230 novas infeções por COVID-19 nas últimas 24 horas, o que constitui o maior número de novos casos desde 14 de maio, informou o Ministério da Saúde italiano.
Com o aumento de novos casos, o número total de infetados desde fevereiro de 2020 subiu para 4.377.188 pessoas, enquanto o número de mortes ascende agora a 128.163 pessoas.
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