
As previsões apresentadas pela AHP, em conferência de imprensa, num hotel em Lisboa, resultam de um inquérito que fez junto dos seus associados, entre os dias 03 e 09 de março, cujos dados são atualizados diariamente, para saber qual o impacto que o COVID-19 está a ter na hotelaria nacional.
Num cenário mais positivo, com perdas de 30% das receitas internacionais na hotelaria, as perdas estimadas, entre 01 de março e 30 de junho, são de 500 milhões de euros.
Já num cenário de queda de 50% nas receitas internacionais, as perdas poderão ser de 800 milhões de euros, no mesmo período.
A AHP ressalvou que os números podem agravar-se, uma vez que os cálculos foram feitos com base em respostas obtidas junto dos associados entre os dias 03 e 09 de março, antes, por exemplo, do anúncio do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter suspendido as viagens da Europa para aquele território.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença COVID-19 como pandemia, uma decisão que justificou com os "níveis alarmantes de propagação e de inação".
A pandemia de COVID-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados. Até ao momento, as escolas portuguesas mantêm-se abertas, exceto aquelas encerradas de forma casuística por ligação a casos confirmados ou casos suspeitos.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas. Ordenou também a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, a mais afetada.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do país, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.
Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias. Um pouco por todo o país, centenas de eventos têm sido cancelados num esforço conjunto para travar a propagação do COVID-19.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
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