“Estamos muito preocupados com a situação de Rabo de Peixe. Tentamos tomar as medidas adequadas em termos de restrições, quer em termos de respostas positivas, com equipas multidisciplinares e os alojamentos”, afirmou Clélio Meneses aos jornalistas.
O governante falava hoje em Ponta Delgada após uma visita à Associação Regional de Reabilitação e Integração Sociocultural dos Açores (ARRISCA).
Aquela vila, que está sob cerca sanitária desde 15 de janeiro, voltou a registar hoje um aumento de novos casos diários de covid-19, disse Clélio Meneses.
“Há dias em que há sinais de que a situação começa a ficar controlada, há outros dias em que se percebe que afinal não está controlada e, de facto, o grande motivo de preocupação pandémica nos Açores é Rabo de Peixe”, assinalou.
Clélio Meneses avançou que irá esta tarde à freguesia da costa norte de São Miguel para “manifestar solidariedade” com a população.
Na quinta-feira, o secretário regional tinha dito que a cerca sanitária de Rabo de Peixe (que abrange apenas uma zona especifica da freguesia) iria ser reavaliada após o Carnaval.
Face aos aumento de casos, Clélio Meneses reforçou que a cerca será levantada ”mal se perceba que exista uma estabilização” da situação pandémica na vila.
Contudo, ressalvou que a situação ainda não está controlada.
“Não podemos é dizer que vamos levantar a cerca só porque vamos levantar a cerca, porque também não decidimos fazer a cerca só por fazer a cerca. Tem a ver com dados que são objetivos e que infelizmente não estão controlados”, apontou.
Na ocasião, a propósito da visita à ARRISCA, Clélio Meneses criticou o “subfinanciamento crónico” das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) ao longo dos últimos anos, porque o “valor que recebem anualmente é inferior ao valor que gastam”.
Clélio Meneses também destacou que, durante a governação anterior (liderada pelo PS), existiu um atraso na transferência de verbas para as IPSS.
“Um dos compromissos desse governo é acertar contas. Ser uma pessoa de bem, efetivamente, [para que] aquilo que são as necessidades das entidades tuteladas pelos vários departamentos governamentais, tenham uma resposta financeira adequada”, declarou.
Os Açores contam atualmente com 118 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, sendo 98 em São Miguel, 15 na Terceira, dois no Faial e três em São Jorge.
Desde o início da pandemia, foram detetados na região 3.754 casos de infeção, tendo ocorrido 29 óbitos e 3.504 recuperações.
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