De acordo com o Ministério da Saúde espanhol, até agora, o país contabilizou um total de 26.920 óbitos desde que a doença foi declarada. Segundo os números divulgados, há 426 novos casos positivos com a doença, elevando para 228.030 o total de infetados confirmados até hoje pelo teste PCR, o mais fiável na deteção do vírus.

Os dados diários indicam ainda que, nas últimas 24 horas, foram hospitalizados 513 doentes, num total de 123.484 pessoas que precisaram de ser internadas.

O diretor dos serviços de Alerta e Emergências Sanitárias do Ministério da Saúde, Fernando Simón, considerou os “números muito favoráveis” e destacou a descida “muito clara” para 0,19% do incremento diário de novos casos de covid-19.

O Governo de Espanha decidiu que todas as pessoas que entrem no país a partir desta sexta-feira sejam colocadas de quarentena durante 14 dias, de acordo com o boletim oficial do Estado publicado hoje. Fernando Simón explicou que, apesar de a luta contra a pandemia estar a “funcionar muito bem”, há outros países em que “isso não acontece” e tiveram de ser tomadas “certas precauções”.

Os trabalhadores transfronteiriços, os dos transportes e suas tripulações, bem como os profissionais de saúde que vão exercer a sua atividade laboral, ficam isentos desta medida, desde que não tenham estado em contacto com pessoas diagnosticadas com a covid-19.

Por outro lado, metade da população de Espanha iniciou na segunda-feira a chamada “fase um” do plano de alívio das medidas rígidas aprovadas em meados de março para lutar contra a pandemia de covid-19.

Esta etapa prevê, entre outras medidas, a abertura do pequeno comércio sem necessidade de marcação prévia, das esplanadas, desde que tenham até um máximo de 50% da sua ocupação, e a possibilidade de até 10 pessoas se poderem reunir.

No entanto, as duas regiões mais ricas e povoadas do país, Madrid e Barcelona, estão entre as zonas que se vão manter durante mais alguns dias na atual fase zero, em vigor desde há uma semana, quando foi autorizada a abertura parcial do pequeno comércio de rua, sempre por marcação prévia e com acesso limitado.

Espanha é o segundo país com mais mortos com a pandemia por cada milhão de habitantes (572 óbitos), depois da Bélgica (756) e antes da Itália (508), Reino Unido (472) e França (408), numa lista em que os Estados Unidos têm 247 e Portugal 112.

A partir da próxima sexta-feira, qualquer pessoa que entrar em Espanha será submetida a uma quarentena de 14 dias, segundo publicou o Governo no Diário Oficial esta terça-feira. A medida ficará em vigor enquanto durar o estado de emergência pela pandemia de coronavírus.

As pessoas em quarentena poderão sair do seu isolamento apenas para comprar produtos de primeira necessidade ou ir ao médico. Qualquer deslocamento terá de ser feito com a máscara de proteção, lê-se no texto.

Mais de 4,1 milhões de infeções em todo o mundo

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 283 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Quase 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.144 pessoas das 27.679 confirmadas como infetadas, e há 2.549 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.