Portugal regista esta sexta-feira mais 58.530 casos de COVID-19 - um novo recorde - e 49 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 19.496 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 2.118.125 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 20.156 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.675.736 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 42,6% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.224 (+19), seguida do Norte com 5.917 óbitos (+14), Centro (3.434, +9) e Alentejo (1.105, +1). Pelo menos 610 (+1) mortos foram registados no Algarve. Há 150 mortes (+5) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 56 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos voltam a subir

Em todo o território nacional, há 2.044 doentes internados, mais 40 face ao valor de ontem, e 162 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 10 em relação ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 422.893 casos ativos da infeção em Portugal — mais 38.325 do que ontem — e 425.910 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 34.280 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
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A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 816.642 (+17.673), seguida da região Norte (789.643 +24.930), da região Centro (284.805 +8.719), do Algarve (81.464 +2.199) e do Alentejo (70.249 +2.011).

Nos Açores existem 21.888 casos contabilizados (+1.108) e na Madeira 53.434 (+1.890).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 4.731,3 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - mais do que os 4.490,9 casos de quarta-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,10, inferior aos 1,11 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,10. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.608 registadas (+32) desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.237, +7), entre 60 e 69 anos (1.796, +8) entre 50 e 59 anos (579, +2), 40 e 49 anos (200, =) e entre 30 e 39 anos (52, =). Há ainda 18 mortes registadas (=) entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.256 são do sexo masculino e 9.240 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 361.986 infeções (+10.850), seguida da faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 348.839 (+7.572), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 329.365 (+9.898). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 283.777 reportadas (+5.614). A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 246.371 (+9.308), entre os 60 e os 69 anos soma 174.321 (+2.871) e a dos 0-9 anos tem 174.221 infeções reportadas (+9.886) desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 101.492 (+1.568) e dos 80 ou mais anos, com 97.753 casos (+963).

Desde o início da pandemia, houve 994.224 homens infetados e 1.121.742 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.159 pessoas.

Vídeo - Como foi possível desenvolver vacinas seguras contra a COVID-19 em menos de um ano?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Riscos da variante Ómicron são 50% a 60% inferiores aos da variante Delta

A variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, responsável por dois terços dos novos casos de COVID-19 na Europa, representa menos 50% a 60% de risco de hospitalização e morte do que estirpes anteriores, como a Delta, anunciou hoje o ECDC.

Num relatório hoje divulgado com uma atualização epidemiológica à data de 20 janeiro, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) assinala que a Ómicron “foi identificada em todos os países” da União Europeia e Espaço Económico Europeu, com uma “prevalência estimada de 69,4%”, mais 20% face à semana anterior.

“Através de estudos realizados em vários cenários, verificou-se que o risco de hospitalização foi menor para a Ómicron do que para a variante Delta. Contudo, a imunidade prévia à infeção natural, a vacinação incluindo doses de reforço e as melhores opções de tratamento contribuem para resultados menos graves, o que torna difícil estimar o risco inerente de infeção grave”, contextualiza a agência europeia. Ainda assim, “a maioria dos estudos encontrou uma redução do risco na ordem dos 50-60%”, especifica o ECDC.

Dados avançados pelo centro europeu demonstram que, do total de 155.150 casos da variante Ómicron comunicados entre os dias 20 de dezembro de 2021 e 09 de janeiro de 2022, 1,14% destes resultaram em internamentos, 0,16% implicaram apoio respiratório nas unidades de cuidados intensivos e 0,06% morreram.

Neste período, foram 570 o número de casos desta estirpe em Portugal comunicados ao ECDC, de acordo com o relatório.

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