O boletim desta sexta-feira divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) dá conta da morte nas últimas 24 horas de uma pessoa do sexo masculino que tinha entre 10 e 19 anos. Esta é a segunda morte relacionada com a COVID-19 no espaço de uma semana nesta faixa etária. Na última sexta-feira, uma jovem de 19 anos com "várias patologias" morreu vítima do novo coronavírus.

Os dois adolescentes, juntamente com um bebé de quatro meses que morreu em agosto, são as vítimas mais jovens da COVID-19 em Portugal. 

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Desde o início da pandemia, Portugal registou 5.977 mortes associadas à COVID-19 e 366.952 casos de infeção. Em relação a quinta-feira, contam-se mais 75 óbitos, 4.336 infetados e 3.662 recuperados. Ao todo há já 290.690 casos de recuperação assinalados relacionados com a doença em território nacional.

O Norte, com 2.001 novos casos, é a área do país com mais novas notificações, com 46,1% do total de diagnósticos nas últimas 24 horas em Portugal.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 2.830 óbitos (+31 do que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (2.062 +27), Centro (835 +12) e Alentejo (160 +4). Pelo menos 62 (=) mortes foram registadas no Algarve. Há 21 (+1) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se sete óbitos (=) associados à doença.

Em todo o território nacional, há 3.061 doentes internados, menos 81 que ontem, e 484 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos 10 do que na quinta-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 70.285 casos ativos da infeção em Portugal – mais 599 que ontem - e 77.432 pessoas em vigilância pelas autoridades – mais 981.

Imagem do boletim da DGS
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A região Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 191.058 (+2.001), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (118.576 +1.360), da região Centro (39.552 +674), do Alentejo (8.606 +195) e do Algarve (6.458 +67). Nos Açores existem 1.530 (+21) casos confirmados e na Madeira existem 1.172 (+18).

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Faixas etárias mais atingidas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 4.036 (+47) mortes registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (1.216 +19), entre 60 e 69 anos (493 +6), entre 50 e 59 anos (158 +1), 40 e 49 anos (54 +1) e entre 30 e 39 anos (12 =).

Há ainda cinco mortes registadas entre os 20 e os 29 anos (=), duas entre os 10 e os 19 anos (+1) e uma entre os 0 e os 9 anos (=).

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 3.112 são do sexo masculino e 2.865 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 61.025 casos, seguida da faixa etária entre os 20 e os 29 anos, com 56.836, e da faixa etária dos 30 e os 39 anos, com 55.101.

Desde o início da pandemia, houve 164.879 homens infetados e 201.941 mulheres, sendo que se desconhece o género de 132.

Imagem do boletim da DGS
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A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Último balanço mundial

A pandemia do novo coronavírus matou pelo menos 1.662.792 no mundo desde que a OMS relatou o início da doença em dezembro de 2019, na China, segundo o levantamento realizado hoje pela agência de notícias AFP.

Mais de 74.890.910 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da epidemia, dos quais pelo menos 47.866.800 já são considerados curados. Esse número de casos diagnosticados, no entanto, reflete apenas uma fração do número real de infeções.

Alguns países testam apenas casos graves, outros priorizam o teste para rastreamento e muitos países pobres têm capacidade limitada de teste. Na quinta-feira, 13.073 novas mortes e 737.123 novos casos foram identificados em todo o mundo.

Os países que registaram o maior número de novas mortes nos seus últimos levantamentos são os Estados Unidos, com 3.249 novos óbitos, Brasil (1.092) e México (718).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 310.792 óbitos para um total de 17.213.887 infeções, segundo o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins. Pelo menos 6.298.082 pessoas foram declaradas curadas no país.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 184.827 mortes e 7.110.434 casos, a Índia com 144.789 óbitos (9.979.447 casos), o México com 116.487 mortes (1.289.298 casos) e a Itália com 67.220 óbitos (1.906.377 casos).

Entre os países mais atingidos, a Bélgica é o que tem o maior número de mortes em relação à sua população, com 159 óbitos por 100.000 habitantes, seguida do Peru (112), Itália (111), Bósnia (108), Eslovénia (107).

A Europa totalizava hoje, às 11:00, 504.009 mortes para 23.261.318 casos, a América Latina e Caribe 479.865 mortes (14.414.192 casos), os Estados Unidos e Canadá 324.650 mortes (17.700.036 casos), a Ásia 209.265 mortes (13.299.540 casos), o Médio Oriente 86.231 mortes (3.732.016 casos), a África 57.829 mortes (2.453.152 casos) e a Oceania 943 mortes (30.657 casos).

Esta avaliação foi realizada com base em dados recolhidos pelos escritórios da AFP junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

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