Portugal tem hoje 2.072 novos casos de infeção com o novo coronavirus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Portugal contabilizou até hoje 2.117 mortes associadas à COVID-19 e 91.193 casos de infeção, de acordo o documento.
Em relação a ontem, registaram-se mais sete óbitos, 2.072 infetados e 446 recuperados. Ao todo há 54.493 casos de recuperação assinalados em Portugal. Quase metade dos novos casos (48,3%) são no norte do país.
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 932 óbitos (+3 do que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (850 +4), Centro (273 =) e Alentejo (26 =). Pelo menos 21 (=) mortes foram registadas no Algarve. Há 15 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.
Em todo o território nacional, há 957 doentes internados, mais 41 que ontem, e 135 em unidades de cuidados intensivos, mais três do que na terça-feira.
De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 34.583 casos ativos da infeção em Portugal - mais 1.619 que ontem - e 50.544 pessoas em vigilância pelas autoridades – mais 253 indivíduos.
A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 44.788 (+802), seguida da região Norte (34.661 +1.001), da região Centro (7.348 +172), do Algarve (2.067 +42) e do Alentejo (1.724 +47). Nos Açores, existem 305 casos confirmados (+5) e na Madeira 300 (+3).
Faixas etárias mais atingidas
O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 1.425 (+5) mortes registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (415 +1), entre 60 e 69 anos (181 +1), entre 50 e 59 anos (65 =) e 40 e 49 anos (23=).
Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 1.061 (+4) são do sexo masculino e 1.056 do feminino (+3).
A faixa etária entre os 20 e os 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 14.956 (+384), seguida da faixa etária entre os 30 e 39 anos, com 14.873 (+316) e da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 14.845 (+346).
Os dados indicam ainda que, desde o início da pandemia, houve 41.533 (+967) homens infetados e 49.660 (+1.105) mulheres, sendo que se desconhece o sexo de 183 casos.
A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Portugal em situação de calamidade em todo o território nacional
Portugal vai elevar o nível de alerta face à pandemia de COVID-19 passando da situação de contingência para situação de calamidade em todo o território nacional, anunciou hoje o primeiro-ministro, António Costa. No final da reunião do Conselho de Ministros, António Costa considerou que a evolução da epidemia em Portugal tem sido "grave", razão pela qual o Governo decidiu avançar com "oito decisões fundamentais".
"Em primeiro lugar, elevar o nível de alerta da situação de contingência para o estado de calamidade em todo o território nacional, habilitando assim como a tomar as medidas que se justifiquem sempre que necessário, desde as restrições de circulação a outras medidas que em concreto se venham localmente a considerar", disse o primeiro-ministro.
António Costa adiantou que, "já ao abrigo da situação de calamidade, a partir das 24:00 de hoje deixará de poder haver ajuntamentos na via pública de mais de cinco pessoas". Na sua declaração inicial, o primeiro-ministro alegou que em toda a Europa se tem vindo a verificar um agravamento da situação de pandemia desde Agosto e que, infelizmente, Portugal não é exceção.
"Podemos classificar como grave a evolução da pandemia no nosso país. É consensual na sociedade portuguesa que temos de evitar a todo o custo sacrificar aquilo que é essencial: Em primeiro lugar, a capacidade do Serviço Nacional de Saúde responder aos doentes COVID-19, mas também a toda a atividade assistencial não COVID-19", apontou o líder do executivo.
António Costa disse que é necessário prosseguir "sem incidentes ou novas interrupções as atividades letivas em todos os graus de ensino" e evitar medidas que contribuam para aprofundar a crise económica e social, que ameaçam o emprego e o rendimento das famílias. "Temos de assentar o controlo da pandemia nos comportamentos individuais de cada um de nós e no apelo à responsabilidade individual para todos contribuímos para controlar esta pandemia", justificou o primeiro-ministro.
A situação de calamidade é o nível mais elevado que pode ser declarado nos termos da Lei de Bases de Proteção Civil, a seguir à situação de alerta e de contingência.
A pandemia de COVID-19 matou 1.087.513 pessoas em todo o mundo desde o registo dos primeiros casos na China no final de dezembro, segundo o balanço diário da agência France-Presse. Mais de 38.221.850 casos de infeções foram oficialmente diagnosticados desde o início da epidemia, dos quais pelo menos 26.407.800 já são considerados curados.
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