Portugal regista esta quarta-feira mais 8.937 casos de COVID-19 - o maior número desde 4 de fevereiro - e 11 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 18.823 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.242.545 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 3.754 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.145.663 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 47,2% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.933 (+3), seguida do Norte com 5.742 óbitos (+2), Centro (3.330, +3) e Alentejo (1.083, =). Pelo menos 569 (+2) mortos foram registados no Algarve. Há 116 mortes (+1) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 50 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 909 doentes internados, mais cinco do que ontem, e 155 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais dois do que no dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 78.059 casos ativos da infeção em Portugal — mais 5.172 do que ontem — e 107.232 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 3.687 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
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A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 474.735 (+4.221), seguida da região Norte (460.232 +2.541), da região Centro (179.067 +1.272), do Algarve (54.999, +353) e do Alentejo (44.876 +183). Nos Açores existem 10.877 casos contabilizados (+85) e na Madeira 17.759 (+282).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 579,3 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - superior aos 558,5 de há dois dias - e mantém um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,07, igual ao valor de segunda-feira. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se também nos 1,07. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.229 (+6) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.065, +3), entre 60 e 69 anos (1.727, +2) entre 50 e 59 anos (545, =), 40 e 49 anos (190, =) e entre 30 e 39 anos (48, =). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.881 são do sexo masculino e 8.942 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 200.940 infeções (+1.899), seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 200.326 (+1.600), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 183.327 (+1.543). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 168.026 reportadas (+1.085). A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 133.072 (+1.054), entre os 60 e os 69 anos soma 115.554 (+623) e a dos 0-9 anos tem 86.872 infeções reportadas (+762) desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 80 ou mais anos, que totaliza 81.216 infeções (+128).

Desde o início da pandemia, houve 580.592 homens infetados e 661.040 mulheres, sendo que se desconhece o género de 913 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

Última semana registou quatro vezes mais novos casos de Ómicron

Os laboratórios genómicos mundiais detetaram, na última semana, cerca de 14 mil novos casos da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, quatro vezes mais do que na semana anterior, indica um relatório epidemiológico da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a análise da rede mundial de laboratórios GISAID, que colabora com a OMS, a percentagem da variante Ómicron subiu, e sete dias, de 0,1% para 1,6%.

Ao analisar-se estes números, deve ter-se em conta que resultam da soma de análises dos últimos 60 dias e que, portanto, a percentagem real de caso de Ómicron pode ser maior, como nota a agência espanhola Efe. Simultaneamente, tem havido um esforço dos laboratórios para detetar a nova variante e sequenciar os casos suspeitos.

Porém, apenas uma pequena parte dos casos de COVID-19 – 1 em cada 40, segundo a OMS – é analisada em laboratório. Ainda que a grande maioria das novas infeções (96%) continue a ser da variante Delta, dominante em 2021, a Ómicron apresenta um risco associado “muito elevado”, assinala a OMS.

A organização mundial, com sede em Genebra, na Suíça, recorda que, enquanto em novembro, a maioria dos casos de Ómicron estava relacionada com viagens, entretanto vários países já reportaram focos de transmissão comunitária. Até esta terça-feira, todas as seis regiões utilizadas pela OMS aumentaram o número de novos casos da nova variante, contabilizando-se agora 106 países que já a identificaram.

A atual situação “é caracterizada pela predominância da variante Delta, o declínio das variantes Alfa, Beta e Gama, que têm circulado em prevalências muito baixas há várias semanas, e a emergência da variante Ómicron”, constata a OMS, no habitual relatório epidemiológico semanal atualizado. Porém, “continua a ser incerto em que medida a observável taxa de crescimento rápido pode ser atribuída à perda de imunidade, à crescente transmissibilidade intrínseca ou a uma combinação das duas”.

Também os dados sobre a gravidade clínica da Ómicron “continuam a ser limitados”, reconhece a OMS, insistindo que não é possível afirmar se a Ómicron produz infeções mais ou menos graves de covid-19. Mas é possível constatar – realça – que se verificou um aumento das hospitalizações em países onde a sua prevalência é alta, como a África do Sul ou o Reino Unido, o que dá a esta variante a capacidade de exercer uma pressão preocupante sobre os sistemas de saúde.

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