Portugal contabilizou 2.110 mortes associadas à COVID-19 e 89.121 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, registaram-se mais 16 óbitos, 1.208 infetados e 549 recuperados. Ao todo há 54.047 casos de recuperação assinalados em Portugal.

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A região Norte, com 713 novos casos, representa 59% do total de novas infeções esta terça-feira.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 929 óbitos (+5 do que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (846 +10), Centro (273 +1) e Alentejo (26 =). Pelo menos 21 (=) mortes foram registadas no Algarve. Há 15 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 916 doentes internados, mais 39 que ontem, e 132 em unidades de cuidados intensivos, mais 4 do que na segunda-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 32.964 casos ativos da infeção em Portugal - mais 643 que ontem - e 50.291 pessoas em vigilância pelas autoridades – mais 1.447 indivíduos.

Imagem do boletim da DGS
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A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 43.986 (+340), seguida da região Norte (33.660 +713), da região Centro (7.176 +94), do Algarve (2.025 +24) e do Alentejo (1.677 +32). Nos Açores, existem 300 casos confirmados (+2) e na Madeira 297 (+3).

Faixas etárias mais atingidas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 1.420 (+11) mortes registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (414 +4), entre 60 e 69 anos (180 +1), entre 50 e 59 anos (65 =) e 40 e 49 anos (23=).

Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 1.057 (+9) são do sexo masculino e 1.053 do feminino (+7).

A faixa etária entre os 20 e os 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 14.572 (+218), seguida da faixa etária entre os 30 e 39 anos, com 14.557 (+191) e da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 14.499 (+202).

Os dados indicam ainda que, desde o início da pandemia, houve 40.566 (+594) homens infetados e 48.555 (+614) mulheres, sendo que se desconhece o sexo de 185 casos.

Quadro resumo dos dados epidemiológicos de hoje
Quadro resumo dos dados epidemiológicos de hoje créditos: SAPO

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Recorde de novos casos na Europa

A Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou hoje que a Europa registou mais de 700.000 novas infeções pelo novo coronavírus na semana passada, o número mais alto desde o início da atual crise pandémica.

Nos dados semanais divulgados esta terça-feira, a agência da ONU destacou que o número de casos da doença COVID-19 e de mortes no continente europeu aumentou 34% e 16%, respetivamente. Reino Unido, França, Rússia e Espanha foram responsáveis por mais de metade dos novos casos observados na região, segundo os indicadores da OMS.

No caso concreto de Espanha, e apesar do país ainda registar valores bastante expressivos (o Ministério da Saúde espanhol notificou na segunda-feira 27.856 novos casos da doença COVID-19 desde sexta-feira), a agência da ONU observou que o número de novas infeções contabilizadas mostra um “declínio notável” em comparação com as últimas semanas.

Já na Polónia, segundo frisou a OMS, os casos de infeção pelo novo coronavírus e as mortes associadas à doença COVID-19 aumentaram 93% e 104%, respetivamente, cenário que obrigou o Governo polaco a reforçar as medidas restritivas para tentar evitar um novo confinamento.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse esta semana que a agência da ONU entende a frustração das pessoas à medida que a pandemia se prolonga, mas advertiu que “não há atalhos, nem balas de prata”.

Na segunda-feira, o responsável da OMS para a COVID-19 na Europa, David Nabarro, pediu aos Governos para que não utilizem o confinamento como principal método para controlar a disseminação do novo coronavírus, instando as autoridades a utilizarem métodos mais direcionados para deter o vírus.

“Os confinamentos têm apenas uma consequência que nunca deve ser subestimada: tornar os pobres muito mais pobres", afirmou o médico, numa entrevista ao jornal The Spectator.

A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 1.081.902 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China, segundo o balanço diário da agência France-Presse. Mais de 37.860.720 pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus em todo o mundo, segundo o balanço, feito às 12h00 de hoje com base em fontes oficiais.

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