“Não há carência de nenhuma fiscalização policial, tem de haver confiança entre as pessoas que estão no terreno a nível local. De modo geral esta ação concertada entre as autoridades de saúde e as forças policiais corre de forma exemplar. Não quer dizer que possa haver alguma morada incorreta, alguma pessoa que não se encontre. Não há sistemas perfeitos, mas de um modo geral funciona bem esta cooperação”, disse Graça Freitas.
Na conferência de imprensa diária de acompanhamento da pandemia de COVID-19 em Portugal, a diretora-geral da Saúde foi questionada sobre as listas disponibilizadas pelas autoridades de saúde à PSP e GNR das pessoas sujeitas a confinamento domiciliário obrigatório.
O relatório do Governo sobre o segundo período do estado de emergência e entregue na Assembleia da Republica indica que a PSP e a GNR dão conta que não receberam todas as listas e algumas identificações estão incompletas, o que inibe “a prossecução das medidas de vigilância ativas”.
Graça Freitas explicou que as autoridades de saúde entregam às forças policiais as lista com nomes e endereços de pessoas que estão em vigilância ativa “para permitir e garantir que de facto essas pessoas permanecem em domicílio para proteção da saúde pública”.
A diretora-geral da Saúde disse ainda que as pessoas que estão em vigilância ativa pelas autoridades de saúde “são aconselhadas a permanecer em casa”, tendo a GNR e PSP “um papel muito importante”, sobretudo naquelas que não cumprem o dever de ficar confinadas para proteção da saúde publica.
A diretora-geral da Saúde sublinhou que existe uma “orientação genérica”, mas a responsabilidade é das autoridades de saúde locais, que têm a sua própria realidade.
Portugal contabiliza 973 mortos associados à COVID-19 em 24.505 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado hoje.
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