Durante a habitual conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica em Portugal, Graça Freitas foi questionada sobre uma notícia avançada hoje pelo Jornal de Notícias que apontava a possibilidade de tornar obrigatório o uso de máscaras em espaços públicos.
“Nós estamos, neste momento, a revisitar as máscaras em três aspetos que me parecem importantes”, começou, explicando que um desses aspetos é a sua utilização em espaços públicos.
A diretora-geral sublinhou, no entanto, que essa possibilidade deve ser "avaliada com bom senso", tendo em conta o risco e a proporcionalidade, uma vez que em determinados espaços e situações não se justifica.
“Ir para uma rua movimentada de uma cidade é diferente do que passear o cão às 22:00 numa zona não movimentada. Temos de ter esse bom senso e esse sentido de proporcionalidade”, ilustrou.
Os outros dois aspetos relacionados com o uso de máscara que a Direção-Geral da Saúde (DGS) está a rever dizem respeito às crianças e aos diferentes tipos de máscara.
Sobre o primeiro, Graça Freitas referiu uma nova orientação da Organização Mundial da Saúde, divulgada na segunda-feira, que aconselha o uso de máscaras nas escolas a crianças entre os 6 e os 11 anos.
Em relação aos diferentes tipos de máscara, a diretora-geral referiu que estão a ser analisados novos estudos sobre o tema, adiantando que, mesmo que não seja criada uma norma a esse respeito, a DGS vai divulgar informação sobre a eficácia de determinadas máscaras, de forma a “permitir às pessoas utilizar as máscaras que têm à sua disposição de forma informada”.
Portugal registou mais seis mortes associadas à COVID-19 e 401 novos casos confirmados de infeção nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico da DGS hoje divulgado.
De acordo com os dados da DGS, desde o início da pandemia até hoje, registaram-se em Portugal 57.074 casos de infeção e 1.815 mortes.
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