A cerca de um mês e meio de terminar o primeiro trimestre do ano, a Organização Internacional da Aviação Civil (na sigla em inglês, ICAO) prevê que, até março, vai haver “uma redução de 6,4 a 19,6 milhões de passageiros em comparação com o que as companhias aéreas haviam projetado”.

“Isso equivale a uma redução potencial de quatro mil milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros) a cinco mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros) na receita operacional bruta para as companhias aéreas em todo o mundo”, indicou a ICAO, em comunicado divulgado na quinta-feira. 

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Antes do surto do novo coronavírus, designado Covid-19, explicou a ICAO, as companhias aéreas pretendiam aumentar a capacidade em 9% nas rotas internacionais de e para a China, dos três primeiros meses do ano.

Um cenário agora bem diferente do projetado: “cerca de 70 companhias aéreas cancelaram todos os voos internacionais de e para a China continental e outras 50 companhias aéreas reduziram as operações aéreas”, lê-se na mesma nota.

Os cancelamentos dos voos resultaram numa redução de 80% na capacidade aérea estrangeira para viajantes de e para a China e uma redução de 40% na capacidade aérea para companhias aéreas chinesas.

As estimativas divulgadas pela ICAO não incluem as regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau, nem Taiwan.

O Aeroporto Internacional de Macau indicou à Lusa que registou de 01 a 09 de fevereiro uma queda no número de passageiros e de voos na ordem dos 80% e de 57%, respetivamente.

Nesse período marcado pelas restrições devido ao surto do novo coronavírus chinês passaram pelo aeroporto apenas cerca de 50 mil passageiros, num território que recebe mais de três milhões de turistas mensais e que é a capital mundial do jogo.

A ICAO prevê ainda que devido a reduções nos viajantes chineses o Japão possa perder 1,29 mil milhões de dólares (1,18 mil milhões de euros) em receita turística e a Tailândia 1,15 mil milhões de dólares (1,05 mil milhões de euros).