“No momento em que vamos iniciar uma nova fase de desconfinamento, a 01 de junho, importa dar nota que durante este último mês, mesmo nas horas de ponta, não existiu nenhum comboio da Linha de Sintra, Cascais ou Azambuja que circulasse com lotação superior aos dois terços determinados legalmente para este período da pandemia COVID-19”, refere o ministério em comunicado.

Garantindo que tem estado “especialmente atento à situação nos comboios urbanos da Área Metropolitana de Lisboa, promovendo junto da CP uma monitorização permanente da sua lotação e desinfeção”, o ministério de Pedro Nuno Santos informa que, “em 662 comboios realizados diariamente pela CP em Lisboa, apenas um regista pontualmente uma ocupação máxima de cerca de 60%: a ligação Sintra-Lisboa Oriente, no horário das 6:36”.

“Todos os restantes circulam com ocupação inferior a 30%”, assegura, avançando que as taxas de ocupação médias em horas de ponta se situam nos 23% na ligação Sintra-Alverca, 18% na linha Sintra-Rossio, 16% na ligação Azambuja-Lisboa Santa Apolónia, 19% na linha Azambuja-Alcântara e 13% na ligação Cascais-Cais do Sodré.

No comunicado, a tutela esclarece ainda que, “ao contrário do que tem sido dito, não é possível aumentar o número de carruagens que circulam em cada comboio para aumentar a sua capacidade, uma vez que a dimensão das composições já se encontra no limite permitido em termos de segurança ferroviária (ocupam toda a plataforma), na linha de Sintra”.

“Existe ainda um outro constrangimento ao aumento da oferta em termos de horários, porque no caso da Linha de Cintura de Lisboa, não há capacidade da infraestrutura para integrar mais comboios na circulação”, refere, acrescentando que “a limpeza e desinfeção dos comboios, tão cruciais e exigentes neste momento, são feitas diariamente”.

No caso específico da linha da Azambuja, zona onde nos últimos dias foram reportados focos de infeção por COVID-19, o ministério garante que “a CP passou a realizar desinfeção adicional dos comboios” naquela estação, “sempre que a rotação o permita”, sendo todas as desinfeções “devidamente registadas e assinadas pelos responsáveis, para controle e verificação pela empresa”.

“Os últimos dados, relativos ao período de 17 de março a 11 de maio, apontavam para 34.613 veículos desinfetados, numa média de mais de 500 por dia”, avança.

Apesar de todos os cuidados que estão a ser tomados, o Governo “apela, mais uma vez, a que os utilizadores sejam responsáveis e nunca deixem de utilizar, tanto no comboio, como na estação, a máscara obrigatória e que mantenham, dentro do possível, a distância social”.

Portugal contabiliza 1.369 mortos associados à COVID-19 em 31.596 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado hoje.

Relativamente ao dia anterior, há mais 13 mortos (+1%) e mais 304 casos de infeção (+1%).

O número de pessoas hospitalizadas subiu de 510 para 512, das quais 65 se encontram em unidades de cuidados intensivos (menos uma).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China e, a nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, já provocou mais de 355 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.