O executivo comunitário aprovou hoje “um quarto contrato com as empresas farmacêuticas BioNTech e Pfizer que prevê a compra inicial de 200 milhões de doses em nome de todos os Estados-membros da UE [União Europeia] e uma opção para solicitar até mais 100 milhões de doses, a serem fornecidas assim que uma vacina tenha provado ser segura e eficaz contra a covid-19”, informou a instituição em comunicado.

Fonte comunitária explicou à agência Lusa que a Comissão está a financiar os acordos de compra antecipada celebrados com os produtores de vacinas através do Instrumento de Apoio de Emergência, a partir do qual “foram disponibilizados até agora mais de dois mil milhões de euros de financiamento”.

A mesma fonte explicou que este é “o montante global disponível no orçamento da UE para a estratégia de vacinas para os contratos de compra antecipada”, não havendo para já dados disponibilizados sobre o valor alocado a cada contrato.

“Basicamente, a UE está a fazer investimentos importantes para apoiar as empresas [farmacêuticas que estão a desenvolver vacinas] de modo a que estas possam realizar ensaios clínicos em paralelo com o investimento na capacidade de produção e na segurança das matérias-primas”, visando assim acelerar os processos, adiantou esta fonte.

Até ao momento, a Comissão Europeia já assinou contratos com três farmacêuticas para assegurar vacinas para a Europa quando estas se revelarem eficazes e seguras: a AstraZeneca (300 milhões de doses), a Sanofi-GSK (300 milhões) e a Johnson & Johnson (200 milhões).

Com a ‘luz verde’ hoje dada ao contrato da UE com a BioNTech e Pfizer, que se junta aos anteriores, a formalização da aquisição deverá ser feita nos próximos dias, estando então em causa 300 milhões de doses.

O objetivo da Comissão Europeia é conseguir uma carteira de seis potenciais vacinas para a covid-19, que além das já asseguradas abrangerá as das farmacêuticas CureVac e a Moderna.

Previsto está que as vacinas sejam disponibilizadas ao mesmo tempo para todos os Estados-membros da UE, sendo que a quantidade atribuída a cada será baseada na população.

Acresce que os Estados-membros podem decidir doar as doses de vacina a si atribuída a outros países mais pobres ou redirecioná-la para outros países europeus.

“Esta carteira diversificada de vacinas irá assegurar que a Europa está bem preparada para a vacinação, uma vez que as vacinas tenham sido provadas como seguras e eficazes”, comentou a Comissão Europeia no comunicado hoje divulgado.

A instituição aponta, ainda, que decidiu “apoiar” a vacina desenvolvida pelas farmacêuticas alemã BioNTech e pela norte-americana Pfizer “com base numa avaliação científica sólida, a tecnologia utilizada, a experiência das empresas no desenvolvimento de vacinas e a sua capacidade de produção para abastecer toda a UE”.

Na segunda-feira, a Pfizer revelou que dados provisórios sobre a sua vacina contra o novo coronavírus indicam que pode ser eficaz em 90% dos casos.

O anúncio não significa, contudo, que uma vacina esteja iminente, dado que os ensaios clínicos ainda decorrem.

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