“A CIM do Alto Minho está perfeitamente alinhada com as medidas que venham a ser tomadas pelas entidades competentes e disponível para colocar a sua capacidade de intervenção, bem como a dos próprios municípios, para travar este ímpeto de subida”, afirmou hoje o presidente da CIM do Alto Minho.
Contactado pela agência Lusa face ao aumento de casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, cerca de 3.886 segundo dados da última sexta-feira, Manoel Batista adiantou que “a CIM do Alto Minho trabalha em estreita articulação com a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) e a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte e está disponível para colaborar na implementação das medidas que vieram a ser consideradas adequadas”.
De acordo com números revelados à Lusa por fonte hospitalar, às 11:33 de hoje encontravam-se internados em enfermaria 40 doentes com covid-19 e três na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI).
Na manhã da última sexta-feira, o presidente do conselho de administração da ULSAM, Franklim Ramos adiantou que estavam internados em enfermaria 45 doentes, metade dos quais com mais de 80 anos e, que em UCI, um doente. Referiu ainda que 60 profissionais de saúde do hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, estão doentes.
Para o autarca socialista que lidera a CIM do Alto Minho, o aumento do número de casos é “relativamente normal perante o processo de retirada da máscara”.
“É fundamental que a população mais frágil, com algumas dificuldades de saúde, quer pela idade quer por doenças associadas, tenha cuidado redobrado”, sublinhou Manoel Batista.
Na sexta-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) informou do início do processo de inoculação dos idosos com mais de 80 anos e dos residentes nos lares com a segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19.
“Esperamos que até ao verão a população mais frágil esteja vacinada para estar mais defendida. Estamos disponíveis para colaborar no processo de vacinação, seja qual for a necessidade de intervenção dos municípios e da CIM do Alto Minho”, sublinhou Manoel Batista.
Integram a CIM os concelhos de Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PS), Viana do Castelo (PS), Vila Nova de Cerveira (PS), Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS).
O concelho de Viana do Castelo, capital de distrito, é o que apresenta maior número de casos ativos. De acordo com dados divulgados pela ULSAM, na sexta, o município registava 1.826 casos de infeção por SARS-CoV-2.
À Lusa, o presidente da Câmara, Luís Nobre garantiu que, “tal como no passado, o município está a acompanhar o evoluir da situação, em articulação absoluta com as todas as entidades saúde, proteção social, civil, policiais”.
“Estamos em contacto contínuo com a administração da ULSAM e tomaremos as orientações que forem definidas, sem ratear medidas, sem criar alarmismo, sempre com descrição”, afirmou o autarca socialista.
Luís Nobre manifestou “total disponibilidade para retomar a atividade do centro de vacinação, dos espaços de retaguarda para que o novo hospital possa garantir capacidade de resposta a este crescimento, e aos demais serviços de saúde, absolutamente indispensáveis para a população”.
“Tal como a nível nacional, as entidades locais estão a acompanhar essa evolução e se, porventura, vierem a ser decididas orientações nacionais, distritais e concelhias, iremos acompanhar, como fizemos sempre desde o início da pandemia. Não é a nossa área de competência e não temos os recursos e a capacidade técnica para estabelecer orientações, mas estamos disponíveis para implementar todas as medidas, sejam elas materiais ou imateriais, no sentido de suster a evolução da doença”, frisou.
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