António Costa falava no final de uma breve visita ao Centro Infantil Maria de Monserrate, em Lisboa, numa iniciativa integrada na preparação da reabertura das creches a partir de segunda-feira.
Após breves discursos do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e da ministra da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, o primeiro-ministro fez uma intervenção em que frisou a necessidade de existirem condições de segurança para a reabertura das creches em ambiente de covid-19.
“Tal como se tinha feito com o pessoal que trabalha nos lares, o Governo decidiu fazer um grande esforço para efetuar testes de diagnóstico relativamente às cerca de 19 mil pessoas que trabalham nas creches de todo o país. Neste momento, estão já realizados cerca de 15 mil testes. Vamos continuar a fazer esse trabalho de forma a que, na segunda-feira, quando as creches reabrirem, todas as pessoas tenham sido testadas”, declarou António Costa.
Em relação ao processo de reabertura das creches, António Costa disse que, ao longo das últimas semanas, o Governo foi confrontado com posições díspares, com algumas famílias a pedirem a reabertura rápida, alegando urgência no regresso ao trabalho, e outras a pedirem para que continuassem encerradas.
“Desde o princípio que percebemos que, para darmos este passo, era necessário que os pais se sentissem seguros. Por isso, as creches não foram colocadas na primeira leva de reabertura, mas, antes, na segunda, dando tempo às instituições para assimilarem as novas orientações e fazerem necessário o esforço de adaptação”, declarou o primeiro-ministro.
Ainda de acordo com o primeiro-ministro, para dar tempo de decisão aos pais, o Governo decidiu “manter os apoios para as famílias com crianças em creches” durante a primeira quinzena de reabertura.
“Assim, os pais podem escolher se ainda ficam em casa, se colocam já os seus filhos nas creches ou, ainda se os põem apenas algumas horas para se irem adaptando. É uma solução para que todos sintam maior conforto, desde logo os pais, mas também os profissionais que trabalham nas creches, que passarão a estar em contacto com dezenas de crianças”, acrescentou.
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