Investigadores da Universidade College London fizeram testes em 138 corredores iniciados na maratona e concluíram que após seis meses de treino as artérias dos participantes "rejuvenesceram", traduzindo-se numa redução do risco de ataque cardíaco e de acidente vascular cerebral (AVC).

Segundo os investigadores, a pressão arterial também melhorou, sem se recorrer a fármacos, sendo que os participantes menos em forma foram os que revelaram melhores resultados e benefícios gerais.

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A conclusão é de um estudo financiado pela British Heart Foundation (BHF) e publicado no Journal of the American College of Cardiology.

O estudo recorda, no entanto, que atletas com uma condição cardíaca pré-existente não diagnosticada podem ter eventos fatais ao tentar fazer uma maratona, embora tal possibilidade seja rara. "Pessoas com doenças cardíacas conhecidas ou outras condições médicas devem falar com o seu médico primeiro. Mas, para a maioria das pessoas, os benefícios do exercício superam qualquer risco", disse a coordenadora da investigação, Charlotte Manistry, citada pela BBC.

"Os benefícios do exercício são inegáveis. Manter-se ativo reduz o risco de sofrer um ataque cardíaco ou AVC e reduz as hipóteses de morte precoce", diz Metin Avkiran, da BHF.

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O estudo elenca uma data de recomendações na preparação da maratona, frisando a importância do aquecimento e o aumento gradual da intensidade e distância do treino. Os investigadores sugerem ainda dias de descanso entre as corridas, para permitir que as articulações e os músculos se recuperem e se fortaleçam.

Segundo as normais consensuais, os adultos devem fazer um mínimo de 150 minutos de exercícios de intensidade moderada, como caminhada rápida, ténis ou ciclismo — ou 75 minutos de exercício vigoroso, como corrida ou futebol, por semana.

Também são recomendadas atividades de fortalecimento dos músculos — como flexões, abdominais ou musculação — pelo menos duas vezes por semana.