A  China decidiu enviar especialistas e equipamentos para vários países, incluindo Iraque e Irão, também muito afetados.

Um porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang, confirmou o envio de "um grupo de nove pessoas com equipamentos de terapia intensiva, produtos de proteção médica e outros itens". 

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Os especialistas chineses, com os seus rostos cobertos, foram recebidos por representantes do Ministério italiano da Saúde, segundo o vídeo transmitido à AFP pelo aeroporto romano de Fiumicino.

A bordo do voo vieram "dispositivos de ventilação mecânica, equipamentos respiratórios e eletrocardiograma, dezenas de milhares de máscaras faciais e outros equipamentos", relatou o presidente da Cruz Vermelha italiana, Francesco Rocca.

"Os nove especialistas, seis homens e três mulheres, liderados pelo vice-presidente da Cruz Vermelha chinesa, Yang Huichan, e pelo professor especializado em reanimação cardiopulmonar, Liang Zongan, estão entre os maiores especialistas em reanimação, pediatria e enfermagem especializada em coronavírus na China", disse Rocca.

Da China, o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, assegurou ao seu colega italiano, Luigi Di Maio, o apoio do seu país na luta contra o coronavírus. "O povo chinês nunca esquecerá o valioso apoio prestado por Itália quando a China estava a passar por momentos mais difíceis da luta contra o vírus", disse ele.

No auge da epidemia na China, a Itália foi o primeiro país europeu a interromper as suas conexões aéreas com o gigante asiático, numa ação considerada muito drástica na época.

A Itália também foi o país europeu que se mostrou mais aberto ao grande projeto de infraestruturas "Novas Rota da Seda", promovido pelo presidente Xi Jinping, apesar da oposição de vários parceiros europeus.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde comunicou hoje que o número de pessoas infetadas subiu para 112.

O surto de COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.000 mortos em todo o mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou pandemia na quarta-feira. O número de infetados ultrapassou as 135 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios.

Portugal ordenou o encerramento de todas as escolas a partir de segunda-feira, bem como outras medidas. Esta semana já tinha sido anunciado a suspensão de todos os voos de e para Itália.

DGS fez na quinta-feira novas recomendações à população.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto. Vários países na Europa, como Itália, Noruega, Irlanda, Dinamarca, Lituânia, França e Alemanha, encerram total ou parcialmente escolas, universidades, jardins-de-infância e outras instituições de ensino.

Nos últimos dias, Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China e o Governo em Roma decidiu na segunda-feira alargar a quarentena, imposta inicialmente no norte do país, a todo o território italiano.

Na quarta-feira, as autoridades italianas voltaram a decretar medidas de contenção adicionais e ordenaram o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais à exceção dos de primeira necessidade, como supermercados ou farmácias.

Acompanhe aqui, ao minuto, todas as informações sobre o novo coronavírus em Portugal e no mundo.

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