O estudo, publicado esta quarta-feira na revista científica Science, é assinado por investigadores de três instituições da China, país onde o coronavírus, que provoca a doença Covid-19, foi detetado pela primeira vez, no final do ano passado.
“A nossa descoberta não só ajuda a compreender a mecânica da infeção viral” como também “facilita o desenvolvimento de técnicas de deteção do vírus e possíveis terapias antivirais”, dizem os autores do estudo, citados na revista.
A equipa, liderada por Renhong Yan, do Instituto Westlake de Estudos Avançados, analisou e descreveu a estrutura da proteína ACE2, que não se conhecia totalmente até agora.
É a proteína ACE2 que o novo coronavírus “sequestra” para entrar nas células humanas.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 94 mil pessoas em 80 países, incluindo seis em Portugal.
Das pessoas infetadas, cerca de 50 mil recuperaram.
Há ainda registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, Filipinas e Iraque.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
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