18 de outubro de 2013 - 14h31
A Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas (SPODOM) assinala domingo o Dia Mundial da Osteoporose com um conjunto de iniciativas destinadas a sensibilizar a população para esta doença que afeta cerca de 500 mil portugueses.
“A osteoporose é muito frequente, estima-se que depois dos 50 anos uma em cada três mulheres ou um em cada cinco homens vão ter uma fratura provocada por osteoporose até ao fim da vida”, disse à Lusa Ana Paula Barbosa, da SPODOM.
Segundo a especialista, “a nível mundial considera-se a osteoporose como estando ao nível das doenças cardiovasculares e do próprio cancro. É mais provável aparecer esta doença do que muitas vezes aparecer o cancro da mama na mulher ou da próstata no homem”.
Uma das principais consequências desta doença é a fratura, principalmente a da anca, que afeta homens e mulheres com mais de 50 anos.
Segundo dados da SPODOM, atualmente estima-se que ocorra uma fratura a cada três segundos, em algum lugar do planeta. As estatísticas dão conta que, em casos mais graves, 20% dos doentes que sofrem uma fratura no colo do fémur morrem no período de seis meses após o incidente, 40% perdem autonomia na sua mobilidade e 33% acabam por recorrer a lares ou outro tipo de dependência de terceiros.
Esta “doença silenciosa” afeta homens e mulheres, embora apresente maior incidência no sexo feminino, especialmente após a menopausa. As estatísticas de saúde indicam ainda que as mulheres têm maior probabilidade de desenvolver osteoporose do que cancro da mama, ovários ou útero. No caso dos homens, o risco de contrair a doença é mais elevado do que a probabilidade de cancro da próstata.
Caracterizada pela diminuição da densidade óssea e deterioração estrutural do tecido ósseo, a doença conduz a uma maior fragilidade óssea e a um aumento da suscetibilidade a fraturas, especialmente na anca, coluna e pulso.
As ações de sensibilização a realizar no âmbito do Dia Mundial da Osteoporose vão decorrer ao longo da semana de 20 de outubro em hospitais, centros de saúde e locais públicos, como estações de metro e de comboio em Lisboa, Porto e Coimbra.
A SPODOM pretende não só dar a conhecer esta patologia, mas também divulgar, junto da população, algumas medidas de prevenção para a doença: incentivar uma alimentação rica em cálcio e encorajar a prática regular de exercício físico.
Lusa