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Em 2012 foram identificados 2 mil casos só no arquipélago da Madeira
8 de abril de 2013 - 14h32
Um estudo norte-americano avança que pode haver 390 milhões novos casos de dengue por ano, um número três vezes maior do que os dados recolhidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Uma equipa internacional de cientistas reuniu dados de vários países afetados pela doença e criou um modelo científico que conclui que cerca de 96 milhões de pessoas apresentam sintomas claros da doença, mas que outros 300 milhões de indivíduos podem adquirir a doença sem que o diagnóstico o confirme, lê-se no artigo publicado na revista Nature.
O estudo avança que no total podem haver 390 milhões de novos casos de infeção de dengue – a doença tropical que se espalha mais rápido – por ano, um número acima dos 100 milhões estimados pela OMS.
A Ásia é o continente mais atingido, com 70% dos casos – a Índia reúne 34% das infeções. Outros 14% dos casos estão no continente americano, com destaque para o Brasil e México. Os restantes casos são diagnosticados em África.
A equipa de Samir Bhatt, autor da investigação da Universidade de Oxford, no Reino Unido, afirmou que a descoberta deve ajudar na coordenação na prevenção da dengue, principalmente depois dos cientistas conseguirem elaborar uma vacina contra o vírus. Outro objetivo dos autores é ampliar a discussão sobre o impacto global da doença, pouco conhecida na Europa e nos Estados Unidos.
Porém, no ano passado, a Europa assistiu ao primeiro surto de dengue desde 1920, com cerca de 2 mil pessoas infetadas no arquipélago da Madeira.
SAPO Saúde
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