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Em Portugal, estima-se que 23% da população seja fumadora
14 de fevereiro de 2013 - 15h56
O aumento das campanhas contra o consumo de tabaco não só reduz o consumo do produto e poupa vidas, como representa ganhos para o sistema nacional de saúde, avança um estudo que recolheu informações sobre 20 anos de campanhas anti tabágicas na Califórnia.
Os investigadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, concluíram que os programas de saúde lançados entre 1989 e 2008 para reduzir o consumo de tabaco naquele Estado, e que custaram 2.400 milhões de dólares (1.783 milhões de euros), permitiram uma poupança com os gastos na saúde pública na ordem dos 134.000 milhões de dólares (96.889 milhões de euros).
O estudo salienta que o programa levou a uma redução direta no consumo de tabaco de cerca de 6800 milhões de unidades e que os programas de alerta para os perigos do tabaco estão intimamente relacionados com baixas no consumo e menor taxa de mortalidade.
Os investigadores compararam os dados obtidos na Califórnia com outros 38 estados dos Estados Unidos que não adotaram o programa.
O estudo foi publicado na revista científica PLOS ONE.
Uma outra investigação publicada em 2011 mostra que durante a campanha de 10 anos contra o consumo de tabaco adotada no estado de Washington, o governo regional poupou 5 dólares em custos com hospitalização provocada pelo consumo de tabaco por cada 1 dólar gasto com o programa.
Durante os 10 anos do programa, o projeto rendeu 1500 milhões de dólares (1.114 milhões de euros) ao Estado.
Em Portugal, estima-se que 23% da população fume, segundo os últimos dados de 2011 da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.
O tabagismo ainda é a principal causa de morte prematura em Portugal, que atinge os 24,3 por cento da população, referem dados da Direção-geral de Saúde.
SAPO Saúde
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