28 de março de 2013 - 17h55
A empresa britânica Macfarlan Smith vai cultivar papoila para produção de morfina em 4.000 hectares de terra alentejana, nos próximos três anos, e planeia construir uma fábrica naquela zona, o que dependerá do sucesso da colheita, segundo fonte oficial.
Fonte da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) revelou à agência Lusa que esta produção de papoila resulta de um memorando de entendimento assinado entre este organismo e a Macfarlan Smith.
Neste acordo estão definidas “as responsabilidades de todos os intervenientes num projeto de cultivo de papoila para a produção de morfina no Alentejo”.
O projeto resulta dos “resultados positivos das experiências desenvolvidas naquela região pela empresa nos últimos três anos”, os quais foram supervisionadas pelo Ministério da Agricultura, Mar e Ordenamento do Território.
A plantação de papoila para produção de morfina já foi licenciado pelo Infarmed, organismo do Ministério da Saúde a quem compete regular esta matéria.
O AICEP garante que “o processo continuará a obedecer à mais completa colaboração com as autoridades nacionais no sentido de garantir o cumprimento de todas as normas de segurança e demais regulamentação associada a esta atividade”.
Este cultivo em Portugal visa “complementar operações existentes no Reino Unido, de forma a assegurar a necessária capacidade de fornecimento de matéria-prima à unidade industrial de Edimburgo”.
Em três anos, a empresa estima cultivar 4.000 hectares e, dependendo do sucesso da colheita de 2013, admite o investimento numa unidade de transformação no Alentejo que criará “emprego e mais-valia económica na região”, adianta o AICEP.
Hoje foi publicada em Diário da República a autorização da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) para a Macfarlan Smith Limited cultivar e exportar a popoila de ópio.
De acordo com o aviso do Infarmed, publicado na 2ª série do Diário da República, esta autorização é válida por um ano, sendo “renovada por igual período” se este organismo do Ministério da Saúde “nada disser até 90 dias antes do termo do prazo”.
Lusa