Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mora alertou que atravessa uma "sensível situação financeira", devido "principalmente às dívidas", as quais "rondam os 100 mil euros".
"A grande parte destas dívidas pertence aos hospitais pelo serviço de transporte de doentes não urgentes", referiu, no comunicado, a associação humanitária.
Contactado pela Lusa, o presidente da associação humanitária, Francisco Comba da Silva, afirmou que, apesar das "dificuldades de tesouraria", a instituição "tem em dia os salários e os respetivos encargos".
"Os maiores problemas verificaram-se nos meses de novembro e dezembro" do ano passado, quando a associação humanitária chegou a pagar aos fornecedores "alguns dias depois" do prazo limite de pagamento de 30 dias, assinalou.
Nessa altura, sublinhou o responsável, a instituição "não tinha possibilidades de suportar os encargos" e foi obrigada a "recorrer a fundos" que dispunha para "resolver a situação".
"Já este mês, felizmente, começaram a chegar, a conta gotas, alguns pagamentos" e a situação é atualmente "um pouco melhor" daquela que foi verificada no final de 2019, notou.
Ainda assim, segundo Francisco Comba da Silva, atualmente, dois hospitais públicos, que não quis identificar, devem à Associação Humanitária dos Bombeiros de Mora um total de "97 mil euros".
A direção da associação já pediu a realização de uma assembleia geral para pedir o aval dos sócios para a criação de uma conta à ordem caucionada.
"Não sei se vai ser necessário, mas se eventualmente viermos a precisar de recorrer a essa operação, queremos ter já o aval dos sócios", assinalou.
A corporação de Mora tem cerca de 50 bombeiros, a maioria voluntários e 17 funcionários, havendo ainda outros três assalariados, duas administrativas e uma empregada de limpeza.
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