![Consolidação de créditos: O que é e como posso usar](/assets/img/blank.png)
Ao longo dos últimos anos pode ter contratado vários créditos. Se for o caso e as prestações dos seus financiamentos tiverem um peso elevado no seu orçamento familiar, deve procurar soluções que permitam poupar e até evitar uma situação de incumprimento perante um imprevisto. Uma das formas para reequilibrar as suas finanças pessoais é a consolidação de créditos.
Existem duas formas de consolidação de créditos: recorrer a um crédito consolidado tradicional ou fazer um crédito multiopções, dando a sua casa como garantia.
Neste artigo, conheça como pode usar a consolidação de créditos para melhorar as suas finanças pessoais.
Poupe até 60% nas suas prestações com o crédito consolidado
Se tem, no mínimo, dois créditos ao consumo, o crédito consolidado permite-lhe juntar todas as prestações numa só. Ou seja, ao fazer este crédito paga todas as dívidas dos contratos que tinha a decorrer, podendo conseguir negociar uma taxa de juro mais baixa do que a média das taxas que pagava pelos outros financiamentos. Desta forma, pode poupar até 60% por mês face àquilo que pagava. No entanto, a poupança real depende do número de créditos que tem, valor dos financiamentos, prazos e taxas de juro.
Além disso, para ter acesso ao crédito consolidado não pode ter prestações em atraso nos seus empréstimos.
Exemplo de poupança de uma consolidação de créditos
Vamos partilhar o caso real do Fernando (nome fictício) para ter uma ideia de quanto pode poupar. O Fernando tinha sete cartões de crédito. A sua dívida total ascendia a 22.855 euros, traduzindo-se num encargo mensal de cerca de 1.450 euros. Ao pedir ajuda ao Doutor Finanças, conseguiu um financiamento de 23.000 euros (através de um crédito consolidado), a pagar em sete anos, com uma Taxa Anual Nominal (TAN) de 13,70%.
Com este novo crédito, o Fernando ficou a pagar 442 euros por mês (poupança maior do que é habitual de quase 70%). Isto significa que este cliente poupou 1.008 euros.
Taxa de juro mais baixa com o multiopções
Outra forma de consolidar créditos é recorrer ao crédito multiopções. Este tipo de empréstimo é semelhante ao crédito habitação, dado que permite fazer uma segunda hipoteca sobre a sua casa para obter mais financiamento. Ou seja, ao dar o seu imóvel como garantia, a instituição de crédito empresta-lhe mais dinheiro.
Uma das grandes vantagens deste crédito hipotecário é as suas condições. Afinal, este tem taxas de juro e prazos de financiamento semelhantes às de um crédito habitação. Logo, os juros vão ser mais baixos do que a média dos juros dos outros empréstimos.
Mas para conseguir consolidar os seus créditos com o multiopções, precisa de ter em conta o rácio LTV (não pode ser superior a 80% do valor do imóvel), a sua taxa de esforço (não pode superar os 50% do rendimento mensal, sendo contabilizados todos os seus créditos e a nova prestação do multiopções) e a finalidade do crédito (que não pode estar limitada a finalidades relacionadas com a habitação).
A poupança com um crédito multiopções
Usando o caso real da Isabel (nome fictício), que queria renegociar o seu crédito habitação e liquidar os seus outros créditos através de um multiopções:
A Isabel tinha uma dívida com o crédito habitação de 62.790 euros. Antes da negociação, o crédito estava indexada à taxa Euribor a 12 meses, com um spread de 1,15%. Ou seja, tinha uma prestação de 355 euros a pagar durante 28 anos.
Porém, a Isabel tinha outras dívidas (relativas a um crédito pessoal a cinco anos e cartões de crédito) que rondavam os 58 mil euros. Ao todo, as prestações dos créditos ao consumo equivaliam a 412 euros. Fazendo as contas, a Isabel pagava 767 euros por mês.
Com a negociação, ficou com uma taxa mista (fixa durante dois anos), de 2,5% e o mesmo prazo de amortização (28 anos), o que baixou a sua prestação para 246 euros.
Além disso, a Isabel pediu 73 mil euros através de um crédito multiopções, para abater as suas dívidas e obter um valor extra para outros encargos. Como as condições do multiopções foram iguais às do crédito habitação, a prestação do novo crédito ficou em 293 euros. O encargo total com prestações de crédito passou a ser de 593 euros, menos 228 euros por mês.
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