3 de junho de 2013 - 09h22
O diretor da Faculdade de Ciências Médicas considera que os novos edifícios, a inaugurar terça-feira, vão melhorar as condições da investigação, principalmente de doenças crónicas e genéticas, e "dar mais um passo" na colaboração com empresas do setor da saúde.
Depois de mais de 10 anos de desenvolvimento, no âmbito de um investimento de cerca de 13 milhões de euros, serão inaugurados os três edifícios integrados no Campus Sant´Ana, em Lisboa, onde já funcionam a sede da faculdade, serviços administrativos e ensino.
O novo pólo "vai ter um papel essencial [para o desenvolvimento da investigação] porque os investigadores vão ter novos laboratórios com excelentes condições, uma boa biblioteca e centro de documentação, um anfiteatro e muitas salas de reuniões", explicou à agência Lusa José Caldas de Almeda, o diretor da Faculdade, agora denominada Nova Medical School.
"Temos dois grande centros de investigação, um no campo das doenças crónicas e outro no campo da genética", este último estuda aspetos genéticos de doenças como as oncológicas ou as infeciosas, referiu.
Com a concretização do projeto, cujo atraso "acabou por ter vantagens", a faculdade vai agora "dar um novo passo através da colaboraçao com empresas que trabalham na área da biomedicina, numa perspetiva de novas patentes, e do desenvolvimento de novas soluções baseadas na inovação científica e tecnológica", avançou ainda o responsável.
Um dos edifícios terá uma biblioteca e laboratório de treino de competências clínicas, utilizando modelos, outro apresenta espaços para investigação laboratorial e o terceiro será para investigação clínica.
Caldas de Almeida realçou que "as novas instalações vão dar uma ajuda importante, pois todos os cursos de mestrado e doutoramento precisam de bases de investigação para os alunos poderem fazer as suas teses".
A faculdade tem mais de 200 investigadores com "uma capacidade grande de produção científica e uma capacidade crescente de angariação de fundos para a investigação", acrescentou.
Um dos objetivos deste estabelecimento é aproximar as áreas de ensino, investigação clínica e a ligação às empresas.
Aliás, a relação com as empresas "é uma preocupação porque não queremos fazer investigação só por investigação, mas sim que leve à produção de novo conhecimento", realçou.
Os conhecimentos adquiridos devem ser aplicados em novos instrumentos e intervenções que ajudem a prevenir e curar as doenças e a reabilitar os doentes, defendeu o diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.
O projeto de desenvolvimeno da Faculdade vai além da componente do Campus Sant´Ana e inclui o envolvimento com o novo hospital de Lisboa Oriental, que "será o hospital nuclear da faculdade de Ciências Médicas e a base do centro médico universitário que queremos formar" com essa nova unidade de saúde, explicou Caldas de Almeida.
"Pretende-se que daqui a alguns anos a Faculdade de Ciências Médicas tenha dois pólos principais ou dois campus principais, o Campus de Sant´Ana, com a configuração que passa a ter agora, e o Campus do Hospital Oriental, onde grande parte do ensino clínico passará a ser feito", acrescentou.
Lusa