Os alimentos funcionais são cada vez mais essenciais e  «vêm dar resposta aos desafios do século XXI». É o que dizem duas investigadoras da Universidade Católica Porto, que hoje apresentam o estudo “Alimentos funcionais, probióticos e benefícios para a saúde: Mitos e realidade”.

Manuela Pintado e Ana Gomes concluem que  “o aumento das doenças crónicas, consequência de fatores como o aumento do stress, desequilíbrios alimentares, ou do contato com um ambiente cada vez mais poluído, veio dar lugar a novas necessidades do consumidor a que a indústria e a ciência têm procurado responder, inovando, através do desenvolvimento de alimentos funcionais”.

O estudo em questão é hoje apresentado nas “Tertúlias na Biotecnologia”, iniciativa promovida pela Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Católica Porto. Manuela Pintado e Ana Gomes, professoras universitárias e investigadoras da ESB, dão a conhecer a investigação que tem sido feita na área dos alimentos funcionais que “fornecem benefícios para o consumidor para além da sua função nutritiva básica”, dizem as investigadoras.

Durante a tertúlia de hoje, os participantes podem descobrir quais os alimentos utilizados como “prevenção das muitas doenças do século XXI, desde a obesidade às doenças cardiovasculares, entre muitas outras” e por que estes alimentos não devem “apresentar efeitos secundários perante um uso adequado” nem devem “implicar distúrbios do padrão alimentar”, explicam as investigadoras Manuela Pintado e Ana Gomes ao SAPO Saúde.

Segundo o estudo “Alimentos funcionais, probióticos e benefícios para a saúde: Mitos e realidade”, os alimentos funcionais apresentam três tipos de funções: A primária se baseia em “nutrir pelas suas funções energéticas, plásticas ou reguladoras”; a função secundária que proporciona “prazer pelas suas características sensoriais e de textura” e a função terciária que contribui “para a promoção do bem-estar e saúde ou para a diminuição do risco de doença. Neste contexto recordamos o papel das vitaminas ou minerais presentes em muitos alimentos.”

Quando questionadas sobre se o futuro passa pelo consumo exclusivo dos alimentos funcionais, as investigadoras respondem que “em primeiro lugar, o futuro passa por promover estilos de vida saudável em que a alimentação saudável tem um papel crucial. A prática de uma dieta equilibrada, diversificada e completa, englobando alimentos saudáveis como são os cereais, os grãos integrais, as leguminosas, frutas e hortícolas, é uma premissa na manutenção do estado geral de saúde e bem-estar do consumidor. “

Além disso, “ existe a necessidade de aprimorar a qualidade nutricional dos alimentos industrializados, pela redução de sal (de forma consistente com os requisitos de segurança alimentar), de açúcares adicionados, gorduras saturadas e ácidos gordos trans, redução do teor de calorias, ou então pela adição de ingredientes com benefícios específicos para a saúde (os probióticos, os prebióticos, os esteróis vegetais, os ómega-3), ou seja alimentos funcionais”, acrescentam Manuela Pintado e Ana Gomes.

As “Tertúlias na Biotecnologia” integram um total de 10 sessões, e realizam-se desde o início de maio até ao mês de julho. A iniciativa assume os vários momentos como oportunidades de formação e debate, em que especialistas e diversas personalidades partilham informalmente conhecimento e experiências em áreas relevantes para o dia-a-dia. Todos os eventos são gratuitos, abertos ao público e sem necessidade de inscrição. Todos os eventos são gratuitos, abertos ao público e sem necessidade de inscrição.

31 de maio de 2012

@SAPO