A diretora-geral da saúde, Graça Freitas, reconheceu em entrevista à RTP3 que "o primeiro trimestre vai ficar aquém das expectativas", por força da falta de disponibilidade de vacinas, mas mostrou esperança no cumprimento da meta de 70% da população do país vacinada até final de agosto.
Quanto a um eventual alargamento da utilização da vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 65 anos, a responsável da Direção-geral da Saúde (DGS) não exclui a revisão que já está a avançar em alguns países.
“À medida que vamos tendo mais informação de outros países, não o pomos de parte, porque permite vacinar mais rapidamente grupos mais velhos”, disse.
Alemanha e Bélgica autorizaram a vacina AstraZeneca contra a COVID-19 em idosos, anunciaram as autoridades de ambos os países esta quarta-feira.
“A agência (alemã) de vacinação, e nós vamos seguir as suas recomendações, vai autorizar o uso da AstraZeneca para grupos de pessoas idosas”, declarou a chanceler alemã Angela Merkel ao final de uma reunião sobre a estratégia de combate ao vírus com os estados regionais do país.
Até agora, Berlim não tinha autorizado essa vacina em maiores de 65 anos, argumentando que os dados científicos do laboratório anglo-sueco eram insuficientes para permiti-la.
Agora, "estudos muito recentes forneceram dados" que permitem aumentar a idade máxima de uso da vacina, explicou Merkel, referindo-se a estudos médicos britânicos que mostram eficácia significativa em pessoas mais velhas.
No caso da Bélgica, a vacina pode ser administrada a maiores de 55 anos, o que permitirá às autoridades sanitárias “começarem imediatamente” a vacinação, anunciou o ministro da Saúde, Frank Vandenbroucke.
Há um mês, a Bélgica decidiu inicialmente reservar as vacinas AztraZeneca para pessoas com idades entre 18 e 55 anos, na ausência de dados suficientes sobre a sua eficácia nos idosos.
Há dois dias, o governo francês autorizou também o uso da vacina para pessoas de 65 a 75 anos com doenças crónicas.
O governo francês reservou inicialmente as vacinas da AstraZeneca para todos os profissionais de saúde e para as dois milhões de pessoas com idades entre 50 e 64 anos afetadas por doenças como diabetes, hipertensão e histórico de cancro.
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