“Sabemos que quanto mais tempo permanecerem encerradas as escolas, mais graves e irreversíveis são as consequências para o bem-estar e a aprendizagem das crianças, em particular os mais vulneráveis e marginalizados”, declarou, em comunicado, a subdiretora de Educação da Unesco, Stefania Giannini.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) assinalou que os estabelecimentos de ensino estão a funcionar totalmente em 117 países, representando 539 milhões de alunos desde a instrução primária ao secundário, envolvendo 35% da população escolar mundial.
No mesmo período de 2020 esta percentagem era de 16%, quando apenas estavam abertas escolas em 94 países.
No ano letivo anterior, o número de países onde as escolas abriram parcialmente passou de 52 para 41, e em cinco países os centros de ensino estiveram totalmente encerrados durante 18 meses, afetando 77 milhões de alunos.
A Unesco defende a reabertura segura de todas as escolas e indica que o encerramento total dos estabelecimentos deverá constituir o último recurso.
As escolas estiveram encerradas 18 semanas em média, em todo o mundo, desde o início da pandemia, um número que aumenta para 34 semanas se forem considerados os encerramentos parciais.
Segundo o organismo, os encerramentos prolongados e recorrentes nos últimos dois anos implicaram um atraso na aprendizagem e fizeram aumentar a taxa de abandono escolar, afetando de forma desproporcionada os mais vulneráveis.
O aumento das medidas de higiene e proteção face ao vírus, e a vacinação, foram essenciais para a reabertura, sublinha a organização.
Em 80 países foi concedida prioridade à imunização de professores, que englobou um total de 42 milhões de pessoas, para além da administração da vacina em muitos países a alunos maiores de 12 anos, uma medida que o organismo considera “crucial”.
A Unesco também insiste para que todos os países considerem os professores como um setor prioritário para as campanhas de vacinação.
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