A magnetoterapia consiste, essencialmente, em tratar o ser humano com ímanes.
Segundo a lenda, foi um pastor grego, de nome Magnès, que, casualmente, descobriu o poder dos ímanes.
Um dia, quando levava as ovelhas para o pasto, teve a maior das surpresas ao ver a ponta de ferro do seu cajado ser, bruscamente, «atraída» por um enorme rochedo à beira do caminho.
Por superstição ou por uma momentânea inspiração genial, teve a ideia de inserir pedaços dessa pedra nas solas dos sapatos. Desde então, conseguia percorrer distâncias muito longas sem se cansar.
A magia do íman
Devido às suas misteriosas propriedades, o íman permaneceria, por muito tempo, cercado por uma aura de magia. Diz-se que Cleópatra colocava um íman sobre a testa para conservar a sua beleza, mas também por outras razões puramente «mágicas».
No Egipto, as pedras-ímanes (exactamente como as pedras preciosas) faziam parte do arsenal da magia prática, e a sua utilização era notória na protecção contra as más influências, para afastar os espíritos malignos, etc.
De um modo geral, os povos antigos atribuíam um poder sobrenatural à pedra-íman e muitos imaginavam que esta era possuidora de uma alma. Devido ao seu poder de atracção, atribuía-se-lhe a capacidade de reunir os casais desavindos, de atrair a alma gémea, de favorecer a comunicação entre as pessoas ou o contacto com os espíritos.
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Chegava-se até a pensar que as armas magnetizadas provocavam ferimentos mais perigosos do que uma arma normal. Segundo uma outra superstição, o alho fazia com que o íman perdesse as suas propriedades, enquanto o sangue do cabrito-montês lhas restituía.
Efectivamente, até ao iluminismo, a pedra-íman inspiraria uma imensidade de superstições e indicações curiosas. Somente a partir desta época é que os sábios tentaram romper o mistério, à luz dos primeiros trabalhos sobre a electricidade.
Em meados do século XX, o interesse pela cura magnética aumentou rapidamente em países como a Índia, Rússia e Japão.
Os imanes na saúde
Os ímanes cerâmicos, assim denominados por serem o produto da junção de minerais duros e suaves, têm pólos identificados nos seus extremos norte e sul (negativo e positivo, respectivamente).
Estão desenhados para incidir sobre os vasos sanguíneos. A sua função é dilatá-los suavemente e aumentar o fluxo sanguíneo na área onde estão colocados. Os processos naturais do corpo são acelerados até atingir o bem-estar da pessoa, devido ao aumento da concentração de oxigénio e outros nutrientes vitais nas ditas áreas.
Ao mesmo tempo, vão-se retirando restos tóxicos acumulados nas áreas onde os tecidos se encontrem danificados. Aos benefícios antes mencionados, é possível acrescentar que o tratamento por campos magnéticos é uma terapia sistémica pois quando os ímanes permanecem sobre o corpo, produzem-se mudanças metabólicas.
Muitas pessoas mostram-se surpreendidas apenas diante da menção das múltiplas capacidades curativas da terapia por campos magnéticos. Podemos perguntar porque motivo esta dita medicina não está muito difundida e se terá fundamentos científicos.
Podemos dizer que se tem fundamentos científicos ainda é altamente complexo realizar as medições que o método científico requer. Não obstante, podemos recorrer aos fundamentos da física clássica e estabelecer certas relações lógicas que podem clarificar a efectividade dos campos magnéticos na saúde.
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Relações importantes entre a força magnética e as funções vitais do corpo:
1.O sangue é composto na sua maior parte por ferro (hemoglobina). É publicamente conhecido que os ímanes atraem o ferro.
2.Comprovou-se que: o aumento do fluxo sanguíneo aumenta a sua capacidade natural de transporte de oxigénio; regista-se maior tendência no equilíbrio do pH (grau de acidez/alcalinidade) nos humores corporais; produz-se o aumento ou diminuição da produção hormonal, segundo a necessidade do organismo, aplicando estimulação magnética localizada; registam-se mudanças na actividade enzimática e outros processos bioquímicos, entre outros.
Os ímanes e a beleza do rosto
Se deseja possuir uma pele flexível, apagar as rugas ou «revigorar» o rosto, por que não seguir o exemplo da bela Cleópatra, que usava um íman no meio da testa? Será, até, possível instalar vários, o que só fará bem.
Alguns estudos demonstram bem de que forma o íman age sobre a musculatura e as rugas da face, mesmo em casos extremos.
A colocação dos imanes sobre o rosto
Este tratamento tem uma importância capital, tanto para a pele como para os estados de ânimo e para a saúde em geral. Os imanes, ao descontraírem os músculos faciais, favorecem directamente a chegada de sangue ao cérebro, assegurando-lhe uma melhor oxigenação, melhorando significativamente o nosso estado de ânimo.
Tudo isto se repercute através do sistema imunitário, muito sensível à qualidade dos nossos pensamentos, como o afirma a escola americana de psiconeuroimunologia (sid).
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Com o tempo, os distúrbios emocionais traduzem-se em distúrbios de ordem física. As tensões do espírito, as preocupações, os desgostos ficam marcados no nosso rosto, traduzindo-se em pregas e rugas.
Para libertar as contracções subtis do rosto e favorecer uma melhor circulação sanguínea, a magnetoterapia é, com certeza, o meio mais indicado sem, contudo, nos isentar de seguir uma dieta adequada.
Ímanes para as rugas
O que é válido para o tratamento das paralisias faciais é-o, também, em grande medida, para a eliminação das rugas. O efeito relaxante do pólo norte é perfeitamente indicado para o tratamento de rostos profundamente vincados por rugas profundas, indicadoras de graves tensões psicológicas e, também, de eventuais perturbações orgânicas.
Ao trabalhar-se estas rugas através da magnetoterapia, trata-se, ao mesmo tempo, o espírito da pessoa. No entanto, estas rugas poderão ter uma correspondência reflexológica com certos órgãos.
Eliminando estas rugas, na medida do possível, podem tratar-se os problemas psíquicos que lhes correspondem. Resta saber qual foi o primeiro a instalar-se: o distúrbio orgânico ou o problema emocional?
Uma vez que pretendemos tonificar a pele, favorecer a circulação sanguínea ou a regeneração celular, torna-se necessário o efeito do pólo sul. Aventure-se neste mundo dos ímanes
Bibliografia: “Magnetoterapia” Os ímanes no combate à dor, de Robert Dehin, Editorial Estampa.
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