O pé de atleta, clinicamente conhecido como tinha pedis é uma infeção fúngica comum dos pés, causada por dermatófitos que prosperam em ambientes quentes e húmidos e que se alimentam da queratina presente na pele, nas unhas e no cabelo.

Normalmente, atinge a zona entre os dedos, mais frequentemente entre o quarto e o quinto e o terço e o quarto, mas também pode-se estender-se para outras partes do pé.

Os sintomas são o prurido (comichão), a maceração interdigital, pode apresentar um cheiro desagradável, inflamação dos dedos e dor.

As piscinas e os ginásios são os locais com maior probabilidade de contágio, mas a praia também pode ser um local de risco durante a época balnear.

A areia não é uma agente causador direto do pé de atleta, mas pode atuar como um ambiente propício para a proliferação dos fungos facilitando o contágio. Os esporos dos fungos podem ficar na areia quando os indivíduos contaminados caminham descalços (deixando pequenas bocados de pele).

Caminhar descalço sobre esta areia (por vezes com pequenas lesões, fricção, ou cortes, algo que é comum depois de andar na areia) facilita a contaminação.

Além disso, superfícies partilhadas como os lava-pés, os passadiços, os chuveiros e as casas de banho públicas na praia podem abrigar esporos fúngicos, facilitando a transmissão por contacto indireto.

O uso de chinelos em zonas comuns e evitar locais com areias visivelmente sujas, são medidas que devem ser tomadas e ajudam a prevenir, bem como lavar os pés com água limpa e sabão assim que saírem da praia.

Um artigo de Carla Ferreira, podologista no grupo Lusíadas Saúde.