Nos últimos anos, o vibrador tornou-se num objeto popular, sobretudo desde a pandemia e entre o público feminino. Através de vários estudos realizados, já sabemos que o vibrador é benéfico para a sexualidade, mas será que a sua utilização pode virar um vício e ser prejudicial à saúde?

Primeiro, olhemos para as vantagens. Calcula-se que um terço das mulheres em todo o mundo sofra de anorgasmia, que se traduz na ausência ou dificuldade em alcançar o orgasmo, muitas vezes designada, de forma incorreta, por “frigidez”, que é antes uma inibição do desejo sexual.

De acordo com Irina Marques, especialista em Sexologia Educacional e diretora da Flame Love Shop, "a maioria das mulheres só atinge o orgasmo com a estimulação do clitóris - o órgão sexual feminino com mais de oito mil terminações nervosas, o dobro das existentes no pénis. Por isso, é muito importante ir além da penetração e dar atenção a este “botãozinho mágico".

É aqui que vibradores, lubrificantes e estimuladores clitorianos podem ter um papel importante. "Ao mesmo tempo que servem para fugir da rotina, diversos brinquedos ajudam ainda a fortalecer os músculos e o assoalho pélvico, a aumentar a líbido e a atingir o orgasmo, de forma mais intensa e com maior frequência", refere a especialista.

Contudo, como acontece em tudo na vida, o que é demais pode ser um sinal de alerta. "Se os brinquedos sexuais forem utilizados e higienizados de forma correta, não há qualquer problema para a saúde. Agora, se a sua utilização virar um vício, poderão existir implicações emocionais e físicas, e a necessidade de consultar um especialista",  adverte a Irina Marques.

Sinais de alerta

1. Uso excessivo: A utilização aumenta gradualmente ao longo do tempo, tornando-se constante e excessiva.

2. Sem controlo: Perda de controlo da vontade própria, ao não conseguir parar de usar.

3. Insatisfação com a potência: Esgotamento dos níveis de potência de vibração e de outras funções, que deixam de satisfazer.

4. Inquietação e falta de interesse: Quando na intimidade sem o brinquedo há inquietação e falta de concentração ou de interesse.

5. Brinquedo vira parceiro: O brinquedo deixa de ser complemento, para tornar-se no foco, sem o qual não existe qualquer satisfação sexual.

Conselhos para usar bem

1. Use a dois: A utilização do vibrador com o seu parceiro pode ser muito prazerosa e emocionante, ao complementar e potenciar os estímulos.

2. Dê-lhe pausas: Na masturbação ou nas relações com o seu parceiro, procure alternar e não usar sempre.

3. Por todo o corpo: Explore todas os recantos do corpo porque os estímulos não estão só num sítio.

4. Mantenha-o limpo: Após cada utilização, cuide e mantenha sempre o seu brinquedo higienizado.

Brinquedos a explorar

  • Touche me!: O Touche me! proporciona estimulação dupla e de cabeça para baixo através dos seus três potentes motores, cada um com 12 funções. Os dois braços curvado permitem uma estimulação mais ampla do clitóris e dos lábios. PVP: 56,95€
  • Pixie: O Pixie oferece duas pontas vibratórias com 10 modos vibratórios, concebidas para agradar de diferentes formas e profundidades. À prova de água, podendo ser usado no banho. PVP: 41,95€
  • Pookie: O Pookie traz 10 modos de sucção e 10 modos de vibração facilmente controláveis através do estimulador e do comando. À prova de água e com alcance do comando de 10 a 15 metros.