1. Como escolher um brinquedo sexual?
Na hora de escolher um brinquedo sexual, Mafalda Cruz diz que é fundamental considerar o tipo de prazer que se procura; se este é para ser usado individualmente ou em casal, e definir ainda o tipo de estimulação pretendida: clitoriana, vaginal ou anal. Além disso, é importante verificar se o brinquedo é à prova de água, para que possa ser usado, por exemplo, no banho, e silencioso, para poder ser utilizado de forma discreta. Por fim, é importante garantir que as instruções de uso são claras e incluem orientações sobre a estimulação proporcionada e os cuidados de limpeza e armazenamento necessários.
2. Como adaptar a utilização de brinquedos sexuais às alterações vaginais e da libido?
Os brinquedos sexuais podem ser uma ótima estratégia para combater a falta de libido e secura vulvo-vaginal que as mulheres sentem em determinadas fases da vida, adianta a sexóloga. É o caso da perimenopausa e menopausa e do período pós-parto, alturas em que é natural existir alguma secura vulvar e vaginal. Por outro lado, devido à secura vaginal, pode ser mais difícil ter um orgasmo. Como consequência destes desafios, o desejo sexual tende a diminuir (ou a desaparecer). Os brinquedos podem ser, assim, uma ótima opção para explorar novas formas de obter prazer, de facilitar a excitação e lubrificação vaginal e aumentar a satisfação sexual. Alguns vibradores, além de estimularem a excitação, podem ter ainda um papel importante na saúde da vulva e da vagina, uma vez que os movimentos vibratórios podem induzir a vasodilatação e melhorar a tonicidade muscular.
3. Que tipos de brinquedos sexuais existem?
Hoje existem opções infinitas para diferentes estímulos, gostos ou momentos, e existem inclusive alternativas que fazem uso de tecnologia de ponta e até da realidade virtual. A escolha do brinquedo certo deve ser baseada na curiosidade, no tipo de prazer desejado, no tipo de estimulação desejada e se é para ser usado individualmente ou em casal. São exemplos:
Vibradores: Os vibradores podem ser usados externa ou internamente, e em todo o tipo de zonas erógenas. A sua função é, precisamente, estimular as zonas erógenas através de ondas vibratórias. É possível regular o ritmo, a velocidade, e pode também ser emparelhado com o telemóvel por Bluetooth ou WiFi. Alguns possuem uma App para que seja controlado remotamente. Dentro dos vibradores, existem:
• Vibradores clitorianos: estimulam diretamente o clitóris, que é, para a maioria das mulheres, a forma mais comum de atingir o orgasmo. Dada a sua facilidade de utilização, podem ser utilizados em casal para permitir o máximo prazer sexual;
• Vibradores bullet: são mais pequenos e simples, são ótimos para levar em viagem e são uma excelente opção como primeira escolha para exploração do prazer clitoriano;
• Rabbit: fazem dupla estimulação: penetrativa e externa. Isto é, estimulam o ponto G enquanto fazem uma estimulação direta do clitóris. Permitem variar o ângulo e a intensidade de estimulação e, por fazerem uma estimulação de dois pontos erógenos, propiciam um prazer sexual mais intenso;
• Vibradores do ponto G: são uma ótima forma de explorar o poder da estimulação desta zona do canal vaginal;
• Vibradores vaginais: Além de estimularem o ponto G, estimulam também a porção inferior da vagina e a sua parte mais profunda para que haja uma experiência mais completa;
• Varinha mágica: são brinquedos sexuais com uma forma semelhante a um microfone e têm uma base mais larga para estimulação clitoriana e vulvar;
• Sugadores do clitóris: Os sugadores do clitóris utilizam ondas sónicas e mini pulsações para estimular a glande do clitóris. Podem ser usados a sós ou em casal e, pela sua forma de estimulação inovadora e muito eficaz, tornaram-se um verdadeiro sucesso na indústria dos brinquedos sexuais;
• Bolas vaginais: As bolas vaginais podem ser utilizadas para fortalecer e ganhar mais consciência sobre o pavimento pélvico e, desta forma, potenciar o prazer sexual;
• Estimuladores anais: O nome é claro: os estimuladores anais estimulam o esfíncter anal, uma zona erógena importante do corpo;
• Dildos: são brinquedos sexuais sem vibração ou pulsação, projetados para simular um pénis. Podem variar de tamanho, forma ou material, de acordo com a preferência.
4. Como introduzir um brinquedo sexual na relação?
Segundo a especialista, os brinquedos sexuais podem ser um excelente aliado para quebrar a rotina, experimentar novas formas de estimulação, e ainda fortalecer a conexão do casal. Durante a relação sexual, o brinquedo pode ser utilizado pelo parceiro ou pelo próprio. Alguns brinquedos sexuais podem ser controlados remotamente — por comando ou pelo telemóvel — o que se configura uma forma interessante do casal estimular-se sem ter contacto direto um com o outro, trabalhando em simultâneo a confiança.
5. Como utilizar e higienizar os brinquedos sexuais?
Os brinquedos devem ser higienizados de acordo com as instruções do produto, antes e após cada utilização. Para uma utilização mais prazerosa, aconselha-se o uso de lubrificante à base de água, pois os lubrificantes à base de silicone podem danificar o material do brinquedo. No caso da estimulação anal, é aconselhável que se utilizem brinquedos com uma base achatada e plana, de forma a evitar a sucção pelo esfíncter anal, aponta Mafalda Cruz.
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