Não é novidade para ninguém que início de ano é sinónimo de incontornáveis e variadas listas de tendências sobre os 12 meses que se avizinham. A gastronomia não é neste cenário exceção e quase todas as publicações que se prezam, apresentam um avanço de época com aquilo que vamos comer e como o vamos fazer no ano próximo.

No caso da revista norte-americana Bom Apéttit o assunto torna-se conversa deste lado do Atlântico pois entre as cinco grandes tendências apontadas pela publicação, nascida em 1956, estão as nossas conservas de peixe e marisco.

No artigo da autoria do jornalista Alex Delany em colaboração com o editor adjunto Andrew Knowlton, o produto português rivaliza em competências para 2018 com a Raiz de Lótus, com a “Barra de Vinhos” à europeia, com as sandes mexicanas de uma casa na cidade de Portland, a Guëro e com os pequenos-almoços japoneses.

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Conserva da marca Bela, produzida no Algarve (Olhão).

Diz Alex Delany na sua peça: “os portugueses entendem a rusticidade melhor do que a maioria de nós. Basta olhar para a forma como tratam o marisco e o peixe em Lisboa, preparados de forma simples, com azeite de alta qualidade, na verdadeira sensibilidade europeia do `Velho Mundo`”.

Para apaziguar a curiosidade gastronómica dos foodies norte americanos, o jornalista salienta que “há uma maneira de trazer esta tendência para a sua casa, e ela chega numa lata. Peixe e marisco sustentáveis conservados em azeite”.

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Conserva Cego de Maio (Póvoa de Varzim).

Para o articulista, “as conservas de Portugal devem ter lugar marcado na sua despensa, bem como na oferta do bar de vinhos local, pronto para ser incluído num brinde”.

Delany prossegue salientando a crescente visibilidade dos nossos chefes de cozinha, como “fonte de inspiração culinária” e destacando algumas marcas que estão a animar o panorama conserveiro nacional, nomeadamente a José Gourmet (Lisboa), Bela (Olhão) e Cego de Maio (Póvoa de Varzim).