Pouco passava das 15h45 quando Virgílio Nogueiro Gomes, gastrónomo e presidente do júri desta segunda edição do concurso “A Melhor Patanisca de Lisboa”, anunciou o primeiro lugar este 2018.
O Restaurante D’ Bacalhau (Rua da Pimenta, nº 45, no Parque das Nações) alcançou o lugar cimeiro do pódio após a prova por parte de todos os elementos do júri, reunidos no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa. Em segundo lugar sagrou-se a patanisca do Clube do Peixe e na terceira posição a Casa do Bacalhau (vencedor em 2017). De recordar que os três primeiros classificados têm participação assegurada na edição de 2019 deste concurso.
Entre os concorrentes que alcançaram esta final de 9 de abril estavam O Poleiro, Laurentina o Rei do Bacalhau, Sem Dúvida, Taberna da Rua das Flores, Varanda de Lisboa Hotel Mundial, Refúgio dos Sabores e a Casa da Comida.
Minutos antes de arrancar a final, cada uma das casas concorrentes apresentou dez pataniscas em embalagens não identificadas. Posteriormente, perante o público presente no auditório do Peixe em Lisboa, os membros do júri efetuaram as provas cegas, desconhecendo a identidade dos finalistas.
O júri pontuou as pataniscas numa escala de 0 a 10, analisando o “Aspeto”, o “Sabor e consistência do interior”, o “Equilíbrio entre os ingredientes”, a “Ausência de gorduras excessivas” e o “Sabor global”.
A propósito da qualidade geral das pataniscas à prova, Maria de Lourdes Modesto, membro do júri, salientou "não haver nenhuma concorrente com um sabor acentuado a óleo, o que é de louvar. Também me parece que a vossa despensa tinha este ano mais bacalhau", ironizou a gastrónoma, por comparação às pataniscas apresentadas em 2017.
O chefe de cozinha Pedro Sommer recordou que "este concurso trouxe para a ribalta a Patanisca e dignifica-a. É um produto muito valorizado e com muito sabor".
De acordo com Virgílio Gomes, a patanisca vencedora reuniu todas as condições que concorrem para dignificar este petisco, salientando estarem todas de acordo com a "tradição de Lisboa".
“As pataniscas de acordo com a tradição lisboeta devem, naturalmente, saber a bacalhau, ser finas, como bolachas [acomodam-se assim melhor no pão], com o interior ainda fofo e macio, devem ficar estaladiças ou crocantes e, especialmente devem ficar sem a gordura da fritura”.
Ainda citando o gastrónomo, a patanisca, “depois de frita deve ser colocada em papel absorvente e virada dos dois lados. Depois há ainda quem as frite duas vezes. Claro que a aparência também conta. Para mim é imperdoável encontrar espinhas, como também o é o sabor a farinha”.
Entretanto, a 11 de abril (15h00) ficaremos a saber qual será o Melhor Pastel de Natal de Lisboa.
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