Com a chegada do verão e de sabores mais frescos, Diogo Rocha, o homem que comanda o Mesa de Lemos, engendrou novos pratos para o restaurante onde cozinha desde 2014, casa que foi “Revelação do Ano” na edição de 2015 dos prémios do “Guia Boa Cama Boa Mesa” (jornal Expresso), na categoria “Boa Mesa”, e em 2016, 2017, 2018 e 2019 voltou a ser distinguido pelo mesmo guia com o Garfo de Ouro.
No ano de 2017 viu também ser-lhe atribuído pela Revista de Vinhos a distinção de melhor “Restaurante do Ano” em Portugal.”
Agora, com a carta de verão deste restaurante na região do Dão, chega à mesa, como amouse bouche, um Tomate verde com gelado, puré e estufado de tomate, água de tomate verde, azeitona e orégãos. Como no início era o ovo, a proposta encadeia com o protagonismo deste ingrediente nobre, na forma de snacks de ovo com bolo lêvedo, gelado de gema salgada, taco e tartelete de ovo.
O segundo snack é um Pastel de massa tenra de espadarte e cebolinho, massada de espadarte (estaladiço de massa com espadarte curado e “puré de caldeirada”) e crocante de milho com espadarte marinado.
Dos Açores, reis da frescura, chega o Cherne com agrião, alho francês e molho de pepino e curgete amanteigado.
Da Islândia, mantém-se o Bacalhau seleção do chef, com leguminosas do Mercado de Viseu, e directamente da horta da Quinta de Lemos, a cenoura - inspirada na receita de língua de vaca da mãe do chef, Diogo Rocha.
“Aqui no Mesa, faço este prato com bochecha de porco, pickle de cenoura, cenoura fresca e nêsperas – uma forma de introduzir algumas memórias de infância num local que também já faz parte da minha história”, explica Diogo Rocha.
Continuando o menu, chega o Imperador com avelã, em manteiga e no molho do peixe, com ervilhas. Segue-se um prato icónico da região, que o chefe de cozinha interpreta numa versão de verão, o Cabrito do Caramulo grelhado, pimento assado, batata doce e rabanete.
Passando para o doce final de boca, a pré-sobremesa anuncia-se como um Granizado de ameixa, com bolacha e um creme leve de queijo.
A sobremesa que se segue surpreende e dá pelo nome de “Nem tudo o que parece é”. É um aparente gelado com pistácio, mas… o resto é uma surpresa que o chefe de cozinha deixa aos comensais.
Por fim, chega a vez do bolo de pêssego, também inspirado num bolo de família servido nas festas.
Por fim, os Petits fours completam a lição de gastronomia portuguesa, com uma amostra de doces de várias tradições. A Pinhoada, o bolo Teixeira, os Caramujos, o Pudim Abade Priscos ou as Castanhas de ovos.
Diogo Rocha começou a trabalhar na área da cozinha profissional cedo. Estudou no Curso de Cozinha e Pastelaria de Coimbra, licenciou-se em Produção Alimentar e Restauração e tornou-se mestre em Sustentabilidade de Turismo na ESHT do Estoril, tendo-se especializado em produtos da Serra da Estrela.
Passou por projetos como o restaurante Terreiro do Paço, Villa Joya e Valle Flor, como estagiário. Em 2008, entrou para o Dão Sul, onde assumiu a chefia executiva de todo o grupo com três espaços de restauração.
Em julho de 2013, entra no universo do grupo de Celso de Lemos, vindo a abrir o Mesa de Lemos como Chefe Executivo em abril do ano seguinte.
Em dezembro de 2016, Diogo Rocha publicou o primeiro livro, “Hoje Diogo Rocha”, em que demonstra o carinho pela sua região e o amor que tem aos produtos portugueses. Editar o mesmo livro em inglês, premiado com o primeiro “1º Prémio Fotografia” para livros sobre gastronomia no concurso organizado pela Portugal CookBook Fair.
A partir de 2017, é nomeado embaixador oficial de Viseu.
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