O Bolo de Tacho, também conhecido como Bolo de Maio ou Bolo de Milho, é um doce típico da gastronomia de Monchique, município de onde a receita e confeção são originárias.
A consulta pública terá a duração de 30 dias e o instituto público Património Cultural decide sobre o pedido de inventariação do processo no prazo de 120 dias após a conclusão do período da consulta pública, segundo o anúncio publicado no Diário da República.
Segundo a página da Rede de Museus do Algarve, o Bolo de Tacho era normalmente confecionado exclusivamente em maio, pois constituía o principal elemento dos farnéis ou merendas que as pessoas levavam para os tradicionais “desmaios” (piqueniques) que tinham lugar na serra de Monchique no dia um desse mês.
Este doce caracteriza-se pelo uso de quatro ingredientes base que resultam da produção local: farinha de milho, azeite, mel e banha de porco.
A estes são adicionados outros elementos a gosto pessoal (café, cacau em pó, especiarias, chá de limão ou de bela-luísa), cuja quantidade vai fazer com que o sabor e textura do bolo seja diferente de receita para receita.
Sobre esta especialidade algarvia, lemos no Inventário de Produtos Tradicionais Portugueses tratar-se de um “bolo de cor muito escura, compacto, cilíndrico e com altura e diâmetro variáveis, conforme a dimensão do tacho em que é feito. O bolo é preparado com farinha de milho, açúcar, mel, banha, chocolate, erva-doce, canela q. b., café, azeite e raspa de limão que baste”.
Sobre a confeção do bolo, refere a mesma fonte: “Num alguidar coloca-se a farinha de milho, o açúcar, o mel, a banha, o chocolate, a erva-doce, a canela, a raspa de limão e o sal. Escalda-se a farinha com uma mistura de café muito forte e água, em partes iguais. Mexe-se muito bem até ficar homogénea. Junta-se o azeite e deixa-se repousar até ao dia seguinte. Nessa altura, unta-se um tacho com banha, cobrindo-se o fundo com azeite, e despeja-se a mistura. Cobre-se com azeite e vai ao forno a cozer”.
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